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27/05/2001 - 20h40

Após título, Luxemburgo volta a pedir vaga na seleção

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da Folha de S.Paulo

Oito meses se passaram e o prestígio do técnico Wanderley Luxemburgo, pelo menos dentro de campo, está de volta. Como está de volta, mais forte, a vontade de retornar à seleção brasileira.

Com a conquista do título Paulista, Luxemburgo diz ter feito a sua parte, consagrando o plano de recuperação de sua imagem articulado pelos principais dirigentes do futebol brasileiro. Agora, novamente afirma que é "postulante" ao cargo de técnico da seleção.

"Enquanto eu for técnico, meu objetivo será voltar ao comando da seleção brasileira. Mas com muita ética, como sempre tive. Torço pelo Leão classificar o Brasil e vencer a Copa do Mundo. Mas, quando o cargo estiver vago, quero ser um dos postulantes", desabafou Luxemburgo.

Depois do fiasco olímpico, em setembro passado, o treinador viu ruir seu sonho profissional: levar a seleção ao pentacampeonato mundial. Foi demitido por seu amigo Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Paulista de Futebol, e passou quatro meses longe dos campos de futebol.

Dividiu seu tempo entre os advogados, as acusações de sua ex-assessora Renata Alves e as CPIs que investigam o futebol.

Em fevereiro passado, Luxemburgo assumiu o Corinthians com a missão de tirar o clube de uma das piores crises de sua história. A equipe havia perdido dez jogos seguidos na Copa João Havelange e amargava a antepenúltima posição na tabela do Estadual. Veio para vaga de Dario Pereyra, que não passou nem dois meses no comando do time.

"Ambos se resgataram", resumiu o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, com quem jogadores e membros da comissão técnica concordaram.

"Os dois saíram do zero para o infinito. É uma conquista inédita. Nunca vi isso em 54 anos de carreira no futebol", disse o preparador de goleiro Waldir Joaquim de Moraes, amigo íntimo de Luxemburgo. "Ele se reabilitou."

"Nunca tive dúvidas de que iria voltar. Saí execrado das CPIs, mas o tempo foi passando e ninguém provou nada", disse o treinador, que hoje ofereceu a sua mulher _Josefa_ e às três filhas _Vanessa, Vanusa e Valeska_ o título do Paulista.

Mas não é bem assim como diz o treinador. Se dentro de campo, enfim, ele foi absolvido, fora dele o técnico continua enfrentando uma longa lista de problemas.

Já na terça-feira, por exemplo, ele terá de ir ao Rio para depor na Justiça. Será a primeira audiência do processo de falsidade ideológica, no qual Luxemburgo é réu por ter usado documentos com a data de nascimento falsa. Apesar de ter nascido em 1952, sua documentação falsa, tirada em 1967, aponta 1955 como tendo sido o ano de nascimento do treinador.

"É engraçado. Seria crime se eu tivesse duas identidades, dois passaportes", disse o técnico, que tem duas certidões de nascimento, uma falsa, que usa desde 1967, outra verdadeira, engavetada naquele ano.

"Estou sendo processado por uma atitude do meu pai, quando eu ainda tinha 13 anos [15, na verdade], era uma criança", disse o técnico.
Luxemburgo é acusado também de crime de sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, além de estar sendo processado por Renata Alves.

Ontem, após a conquista do Paulista, Luxemburgo rompeu o "silêncio" e resolveu falar de seus problemas particulares _mais uma vez, pela última vez.

"A população não aguenta mais ver uma pessoa sendo perseguida, acusada sem provas. Não funciona mais. Não falo mais nisso. Estou deletando isso [processos e acusações] hoje. Ficou para trás", finalizou o técnico, que está tendo de explicar à CPI do Futebol a entrada de cerca de R$ 10 milhões _a defesa de Luxemburgo diz que é menos_ não declarados à Receita.

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