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12/06/2001 - 20h27

Palmeiras tenta resgatar auto-estima nacional contra o Boca

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da Folha de S.Paulo

Diante da decadência do futebol brasileiro, com a seleção brasileira em dificuldades para se classificar para Copa do Mundo de 2002, em uma crise agravada pelo fracasso na Copa das Confederações, o Palmeiras tenta resgatar a auto-estima do esporte mais popular do Brasil no cenário internacional _ou pelo menos continental.

Em sua melhor campanha na Taça Libertadores da América, o único time do país que disputa uma competição fora dos limites nacionais atualmente precisa vencer o Boca Juniors, da Argentina, amanhã, para garantir uma vaga nas finais da competição.

O primeiro jogo das semifinais, na última quinta-feira, no La Bombonera, em Buenos Aires, terminou empatado em 2 a 2. Em caso de um novo empate no Parque Antarctica, a decisão da vaga será nos pênaltis.

A importância da vitória, além de ratificar a supremacia do futebol brasileiro na América do Sul, está no fato de o torneio garantir uma vaga para a disputa do Mundial interclubes, em Tóquio, no final do ano, contra o Bayern de Munique, campeão europeu.

O Corinthians, com o título de campeão do Mundial de Clubes da Fifa em 2000, detinha essa bandeira a favor do futebol brasileiro.

Se o Cruz Azul, do México, que bateu o argentino Rosario por 2 a 0 no jogo de ida, confirmar amanhã a presença na final da Libertadores, o vencedor do confronto entre Palmeiras e Boca garantirá presença em Tóquio.

Isso porque a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) indicará um representante do continente para a disputa.

Além da possibilidade da vaga antecipada no Mundial, os palmeirenses foram tomados por um sentimento de vingança.

No ano passado, a equipe paulista, então dirigida por Luiz Felipe Scolari, foi derrotada na final da Libertadores justamente pelo Boca, que, depois, acabou se sagrando campeão em Tóquio.

As circunstâncias que cercaram aquela decisão são semelhantes às de agora. No jogo de ida, também no La Bombonera, o Palmeiras empatou por 2 a 2.

Na partida de volta, no Morumbi, os argentinos conquistaram o título nos pênaltis, após um empate sem gols no tempo normal.

Como neste ano também, o clube paulista era considerado "azarão" na edição de 2000. Mas foi à final após bater o arqui-rival e favorito Corinthians nas semifinais.

Apesar do rótulo, os palmeirenses ostentam a marca de ser o único clube brasileiro a disputar mais de cem jogos pela Libertadores _foram 108 até agora.

O clube soma 60 vitórias, 16 empates e 32 derrotas, além de um título em 1999 e três vice-campeonatos, em 1961, 1968 e 2000.

O time, dirigido pelo técnico Celso Roth, também está invicto há 23 jogos contra clubes estrangeiros pela Libertadores em jogos disputados em São Paulo.

A última derrota da equipe na capital aconteceu em 1979, quando perdeu para o Universitário, do Peru, por 2 a 1, no Pacaembu.

Neste ano, o Palmeiras faz sua melhor campanha no torneio continental _sete vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, para o São Caetano.

"Fomos a Buenos Aires desacreditados e voltamos como esperança. O Vasco e o Cruzeiro, que eram favoritos, saíram. Queiram ou não restou o Palmeiras", disse Roth, certo de que sua equipe é a luz no fim do túnel do futebol brasileiro neste semestre. "Sabemos que não estamos representando só o Palmeiras agora."

PALMEIRAS
Marcos; Arce, Alexandre, Leonardo e Felipe; Galeano, Flávio, Magrão, Alex e Lopes; Fábio Júnior
Técnico: Celso Roth

BOCA JUNIORS
Córdoba; Ibarra, Bermúdez, Burdisso e Matellán; Villarreal, Serna, Traverso e Riquelme; Gimenez (Gaitán) e Delgado
Técnico: Carlos Bianchi

Local: Parque Antarctica, em São Paulo
Horário: 21h40
Juiz: Oscar Ruiz (Colômbia)
 

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