Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/06/2000 - 23h13

"Ricaço" no tênis brasileiro, Kuerten fatura menos que Raí

Publicidade

da Folha de S.Paulo

Em pouco mais de cinco anos de carreira, incluindo a fase amadora, Gustavo Kuerten já ganhou prêmios que o deixam perto do total acumulado pelos outros 13 tenistas brasileiros que mais ganharam dinheiro no circuito da ATP nos últimos 20 anos.

Com os US$ 602 mil garantidos pelo título de Roland Garros-2000, depois da vitória deste domingo (11) sobre o sueco Magnus Norman, Kuerten já tem US$ 5,78 milhões acumulados na carreira, contra US$ 7,5 milhões dos outros 13 tenistas mais premiados do país, segundo números da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).

Mantendo o ritmo das últimas duas temporadas, pode ultrapassar a marca dos 13, que inclui, entre outros, Luiz Mattar, Jaime Oncins e Fernando Meligeni (ambos em atividade), em mais dois anos.

Meligeni, o segundo brasileiro que mais ganhou dinheiro na ATP, recebeu, mesmo com o dobro de tempo na ativa, cerca de um terço do já obtido por Kuerten _US$ 1,93 milhão.

Só com a premiação do ano passado _US$ 1,76 milhão_, Kuerten supera, com exceção de Meligeni, o que qualquer outro tenista brasileiro ganhou em toda a carreira no circuito profissional.

Luiz Mattar, jogador do país com mais títulos internacionais na primeira metade da década de 90, encerrou a carreira com US$ 1,49 milhão em prêmios.

Mattar, como a maior parte dos outros tenistas brasileiros de antes da era Kuerten, concentravam suas conquistas e premiações em torneios disputados no Brasil, que não tinham os orçamentos milonários encontrados nas competições que Kuerten disputa hoje _só pelo título do último Masters Series de Hamburgo, por exemplo, levou US$ 400 mil.

Mas não é só o dinheiro obtido nos torneios que está fazendo com que Kuerten viva uma realidade financeira impensável no tênis brasileiro da era Mattar.

Só da Pepsi, que não estampa sua marca no uniforme do tenista, Kuerten recebe US$ 1 milhão por cada temporada. A multinacional foi uma das primeiras a associar sua marca ao tenista.

O Banco do Brasil, que substituiu o Banco Real no início do ano como o principal patrocinador de Kuerten, não revela quanto paga ao tenista, mas o valor supera, com folga, o recebido pelo contrato com a Pepsi.

O banco estatal estampa sua marca nos uniformes de jogo e de treinos de Kuerten, além de usar o treinador Larri Passos como garoto-propaganda.

O tenista ainda tem mais três contratos de patrocínio _com a Rider, Head (raquetes) e Diadora (roupas esportivas).

Na semifinal de Roland Garros-2000, contra Juan Carlos Ferrero, e na decisão, contra Magnus Norman, o brasileiro também tinha a marca do portal da Globo na Internet estampada na camisa.

Se o dinheiro ganho por Kuerten impressiona no tênis, ainda fica um pouco distante do que estrelas brasileiras do futebol acumulam em uma temporada.

O atacante Ronaldo ganha, só de salário, US$ 6 milhões por ano na Inter de Milão.

Até quem atua no futebol doméstico têm rendimentos próximos aos de Kuerten. O meia, Raí, por exemplo, fatura US$ 2,8 milhões por temporada no São Paulo, entre salário e aluguel do passe.

Outros que superam com seus salários Kuerten em prêmios por suas conquistas nas quadras são Romário e Edmundo, que formam a dupla de ataque do Vasco _cada um fatura cerca de US$ 3,3 milhões por temporada.

Outro que recebe mais de salário do que Kuerten de prêmios é o piloto Rubens Barrichello: US$ 4,5 milhões por ano da Ferrari.

Visite a página especial do Torneio de Roland Garros

Leia mais sobre esporte na Folha Online

Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página