27/06/2001 - 19h16

Impasse adia início do WCT do Rio pelo menos até sexta

da Folha Online

Prossegue o impasse entre a Prefeitura do Rio e a organização do Rio Surf International, a etapa brasileira do WCT (World Championship Tour), e o início das competições, que deveria ter sido nesta quarta-feira, ficará, na melhor das hipóteses, para sexta.

Em reunião realizada na tarde de hoje, representantes da ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) e da organizadora do torneio fecharam um prazo de até as 16h de sexta para que os R$ 500 mil destinados à premiação dos atletas esteja disponível.

O período de espera por ondas da prova brasileira da primeira divisão mundial do surfe vai até o dia 5 de julho.

Como a prefeitura é a principal patrocinadora do evento e o secretário municipal de esportes, Ruy Cesar, alega que há erros na prestação de contas dos eventos de 1998 e 2000, o montante já liberado para a premiação deste ano permanece embargado, apesar de sua liberação ter sido publicada no Diário Oficial da cidade no dia 23 de fevereiro.

Roberto Perdigão, diretor da divisão sul-americana da ASP, manifestou o apoio à organização, mas salientou que o departamento jurídico da entidade, com escritório na Austrália, não aprova uma possível redução na premiação.

"Não será possível porque a ASP lutou durante muito tempo por esta premiação mínima, e se acontecer no Brasil haverá um precedente que pode ser muito prejudicial ao surfe profissional", afirmou Perdigão.

A ASP recomendou orientação jurídica e estamos unindo forças para tentar contornar a situação', disse o dirigente, salientando ainda que o cancelamento da etapa pode causar sérios prejuízos à imagem do Brasil, que correria sério risco de ser excluído do calendário nos próximos anos.

Se a prova sair, o Brasil terá 13 surfistas participando: os 11 que estão entre os top 45 do WCT e mais Victor Ribas e Leonardo Neves, que receberam convites. O catarinense Teco Padaratz é o atual número três do ranking mundial.