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08/07/2001
-
08h34
da Folha de S.Paulo
Os negócios da CBF com empresas dirigidas por amigos ou ex-sócios de Ricardo Teixeira, presidente da entidade, passam a ser agora o principal alvo da CPI do Futebol, instalada no Senado, que já interrogou o dirigente em dezembro do ano passado.
Na ocasião, Teixeira saiu ileso da sabatina sobre os contratos da entidade com a Nike e com a Traffic.
Na pauta dos parlamentares para o próximo depoimento, em agosto, está o tópico que já vem sendo chamado em Brasília de "todos os homens do presidente", em alusão ao filme homônimo sobre os bastidores do caso Watergate, que culminou com a renúncia de Richard Nixon (1913-1994) do cargo de presidente dos EUA.
Os "homens do presidente da CBF" _um grupo de empresários_ já foram investigados pela CPI da CBF/Nike, que funcionou na Câmara.
Mas a comissão não conseguiu quebrar os sigilos das empresas de Ricardo Teixeira, o que, segundo os deputados, prejudicou as investigações da comissão da Câmara.
Alguns dos empresários, como o próprio Renato Tira- boschi, foram sócios do dirigente no ramo de restaurantes ou no mercado financeiro.
"Pelo que nós apuramos, o Ricardo Teixeira administra a CBF como se ela fosse uma propriedade privada. E tem o direito de escolher quem ele quer entre os beneficiados. Daqui para frente é com o Senado e o Ministério Público", disse o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), que foi relator na Câmara.
O relator da CPI do Futebol, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), disse que o caso envolvendo MB-CBF-AmBev é estranho. "Assim que voltarmos do recesso [em agosto", vamos investigar a fundo o assunto."
A CPI do Senado já havia aprovado, em maio, a quebra dos sigilos bancários e fiscal de Luiz Eduardo Landin Balthazar, Octávio Koeler Plácido Teixeira Jr. e Ariberto Pereira dos Santos.
Mas liminares concedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) barraram a medida tomada pelos senadores.
No recurso ao STF, os empresários alegaram que não possuem negócios com a entidade e que, por isso, a quebra dos sigilos não se justificava.
Já Ricardo Teixeira não recorreu contra a quebra de seus sigilos.
(FERNANDO MELLO e JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
'Homens do presidente' são principal alvo
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Os negócios da CBF com empresas dirigidas por amigos ou ex-sócios de Ricardo Teixeira, presidente da entidade, passam a ser agora o principal alvo da CPI do Futebol, instalada no Senado, que já interrogou o dirigente em dezembro do ano passado.
Na ocasião, Teixeira saiu ileso da sabatina sobre os contratos da entidade com a Nike e com a Traffic.
Na pauta dos parlamentares para o próximo depoimento, em agosto, está o tópico que já vem sendo chamado em Brasília de "todos os homens do presidente", em alusão ao filme homônimo sobre os bastidores do caso Watergate, que culminou com a renúncia de Richard Nixon (1913-1994) do cargo de presidente dos EUA.
Os "homens do presidente da CBF" _um grupo de empresários_ já foram investigados pela CPI da CBF/Nike, que funcionou na Câmara.
Mas a comissão não conseguiu quebrar os sigilos das empresas de Ricardo Teixeira, o que, segundo os deputados, prejudicou as investigações da comissão da Câmara.
Alguns dos empresários, como o próprio Renato Tira- boschi, foram sócios do dirigente no ramo de restaurantes ou no mercado financeiro.
"Pelo que nós apuramos, o Ricardo Teixeira administra a CBF como se ela fosse uma propriedade privada. E tem o direito de escolher quem ele quer entre os beneficiados. Daqui para frente é com o Senado e o Ministério Público", disse o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), que foi relator na Câmara.
O relator da CPI do Futebol, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), disse que o caso envolvendo MB-CBF-AmBev é estranho. "Assim que voltarmos do recesso [em agosto", vamos investigar a fundo o assunto."
A CPI do Senado já havia aprovado, em maio, a quebra dos sigilos bancários e fiscal de Luiz Eduardo Landin Balthazar, Octávio Koeler Plácido Teixeira Jr. e Ariberto Pereira dos Santos.
Mas liminares concedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) barraram a medida tomada pelos senadores.
No recurso ao STF, os empresários alegaram que não possuem negócios com a entidade e que, por isso, a quebra dos sigilos não se justificava.
Já Ricardo Teixeira não recorreu contra a quebra de seus sigilos.
(FERNANDO MELLO e JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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