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08/07/2001
-
19h36
da Folha de S.Paulo
A seleção brasileira do técnico Luiz Felipe Scolari embarca amanhã para Cali, na Colômbia, onde disputará a primeira fase da Copa América, preocupada com o revanchismo do país anfitrião.
A competição começa nesta quarta-feira, e o Brasil estréia um dia depois, contra o México.
A "ofensiva" da Confederação Brasileira de Futebol em se candidatar para receber o torneio logo que se admitiu a possibilidade de a Colômbia não abrigar o evento foi encarada como uma afronta pelos dirigentes colombianos.
Devido ao sequestro pelas Farc (Força Armadas Revolucionárias Colombianas) de Hernán Mejía Campuzano, vice-presidente da Federação Colombiana, responsável pelo Comitê Organizador da competição e membro do comitê executivo da Sul-Americana, a competição chegou a ser suspensa até 2002, mas ressuscitou por pressão da Traffic, organizadora do evento, e de patrocinadores.
Caso o torneio fosse cancelado, a Traffic, empresa do brasileiro J. Hawilla que detém os direitos sobre a Copa América, teria prejuízo estimado de US$ 10 milhões _as cotas de patrocínio e de publicidade já estavam vendidas.
Por intermédio de Ricardo Teixeira, a CBF não poupou críticas à realização do torneio em um país dominado pelo terrorismo e pela guerra civil e agiu rápido para tentar organizar a Copa América.
Nos bastidores, a entidade conseguiu apoio das principais federações do continente, Uruguai e Argentina, para realizar a competição no país. Internamente, a CBF chegou até a definir as prováveis sedes dos três grupos.
A pressão da CBF foi munida também pelos jogadores brasileiros, que declararam por diversas vezes a contrariedade em disputar a competição na Colômbia.
Apesar de toda a movimentação, Ricardo Teixeira e seus aliados não conseguiram trazer a Copa América para o Brasil. Foram contrariados pela Sul-Americana e tiveram as relações com os dirigentes colombianos abaladas.
A Sul-Americana concordou em ressuscitar o torneio, mas manteve a realização na Colômbia, respeitando as datas predefinidas. Teixeira não escondeu sua irritação com esse desfecho.
Na sua estada na Copa América, já antevendo possível retaliação da torcida e da mídia da Colômbia _e principalmente dos guerrilheiros das Farc_, a seleção tentará aparecer pouco, hospedando-se em hotéis menores. Por segurança, membros da Polícia Federal estarão com a delegação.
Se fora de campo as relações entre brasileiros e colombianos estão estremecidas, dentro os times disputam diretamente vaga para Copa do Mundo de 2002, que será na Coréia do Sul e no Japão.
Em quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas, o Brasil tem apenas dois pontos de vantagem sobre a Colômbia, sexta colocada.
As quatro seleções mais bem colocadas nas eliminatórias vão ao Mundial. A quinta disputará uma repescagem contra a Austrália.
As duas equipes estrearam na competição com um empate em 0 a 0, no primeiro turno da competição. No jogo de volta, o Brasil venceu por 1 a 0, com um gol de cabeça de Roque Júnior, aos 44min do segundo tempo.
A seleção brasileira embarca amanhã para Cali, com saídas do Rio e de São Paulo. A cidade (470 km a sudoeste de Bogotá) abriga o Grupo B da Copa América, que ainda tem México, Paraguai e Peru.
Brasil espera revanchismo da Colômbia na Copa América
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A seleção brasileira do técnico Luiz Felipe Scolari embarca amanhã para Cali, na Colômbia, onde disputará a primeira fase da Copa América, preocupada com o revanchismo do país anfitrião.
A competição começa nesta quarta-feira, e o Brasil estréia um dia depois, contra o México.
A "ofensiva" da Confederação Brasileira de Futebol em se candidatar para receber o torneio logo que se admitiu a possibilidade de a Colômbia não abrigar o evento foi encarada como uma afronta pelos dirigentes colombianos.
Devido ao sequestro pelas Farc (Força Armadas Revolucionárias Colombianas) de Hernán Mejía Campuzano, vice-presidente da Federação Colombiana, responsável pelo Comitê Organizador da competição e membro do comitê executivo da Sul-Americana, a competição chegou a ser suspensa até 2002, mas ressuscitou por pressão da Traffic, organizadora do evento, e de patrocinadores.
Caso o torneio fosse cancelado, a Traffic, empresa do brasileiro J. Hawilla que detém os direitos sobre a Copa América, teria prejuízo estimado de US$ 10 milhões _as cotas de patrocínio e de publicidade já estavam vendidas.
Por intermédio de Ricardo Teixeira, a CBF não poupou críticas à realização do torneio em um país dominado pelo terrorismo e pela guerra civil e agiu rápido para tentar organizar a Copa América.
Nos bastidores, a entidade conseguiu apoio das principais federações do continente, Uruguai e Argentina, para realizar a competição no país. Internamente, a CBF chegou até a definir as prováveis sedes dos três grupos.
A pressão da CBF foi munida também pelos jogadores brasileiros, que declararam por diversas vezes a contrariedade em disputar a competição na Colômbia.
Apesar de toda a movimentação, Ricardo Teixeira e seus aliados não conseguiram trazer a Copa América para o Brasil. Foram contrariados pela Sul-Americana e tiveram as relações com os dirigentes colombianos abaladas.
A Sul-Americana concordou em ressuscitar o torneio, mas manteve a realização na Colômbia, respeitando as datas predefinidas. Teixeira não escondeu sua irritação com esse desfecho.
Na sua estada na Copa América, já antevendo possível retaliação da torcida e da mídia da Colômbia _e principalmente dos guerrilheiros das Farc_, a seleção tentará aparecer pouco, hospedando-se em hotéis menores. Por segurança, membros da Polícia Federal estarão com a delegação.
Se fora de campo as relações entre brasileiros e colombianos estão estremecidas, dentro os times disputam diretamente vaga para Copa do Mundo de 2002, que será na Coréia do Sul e no Japão.
Em quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas, o Brasil tem apenas dois pontos de vantagem sobre a Colômbia, sexta colocada.
As quatro seleções mais bem colocadas nas eliminatórias vão ao Mundial. A quinta disputará uma repescagem contra a Austrália.
As duas equipes estrearam na competição com um empate em 0 a 0, no primeiro turno da competição. No jogo de volta, o Brasil venceu por 1 a 0, com um gol de cabeça de Roque Júnior, aos 44min do segundo tempo.
A seleção brasileira embarca amanhã para Cali, com saídas do Rio e de São Paulo. A cidade (470 km a sudoeste de Bogotá) abriga o Grupo B da Copa América, que ainda tem México, Paraguai e Peru.
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