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14/07/2001 - 16h58

'Não tenho como fazer gols', diz Marcos

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dos enviados a Cali, pela Folha de S.Paulo

O goleiro Marcos, como toda a seleção brasileira, não escapou das críticas após a estréia na Copa América. Ele falhou no gol do México, ao rebater a bola para o meio da área após escanteio. Porém também fez boas defesas e evitou um vexame maior.

Defensor ardoroso do técnico Scolari, ele diz que o problema é só com o time, mas ressalva: "Não tenho como fazer gol".

Pergunta - No segundo tempo contra o México, você foi repor uma bola e parou, aparentemente irritado com a inércia do time. O que houve?

Marcos - Quando se toma um gol aos 4min, tudo o que você treinou fica atrapalhado. Vivemos um momento delicado, em que todo mundo quer ganhar e não está conseguindo. Isso cria uma certa desconfiança em nós mesmos. A gente não pode mais sair arriscando, porque ninguém se arrisca contra a gente. Todo mundo joga com dez atrás, aí faz um gol e segura. Temos de fazer o mesmo, até porque nosso ataque é mais qualificado. Não podemos é tomar um gol em menos de 20 minutos, com falhas bestas.

Pergunta - Mas por que o Brasil leva tantos gols no início?

Marcos - Sempre somos favoritos. A gente se apresentou três dias antes do jogo, e todo mundo já falou que o Brasil era o melhor time da Copa América, o favorito, por causa da ausência da Argentina. Não adianta ser favorito e não ganhar nada. Se jogar feio e ganhar, tudo bem. Hoje em dia, o futebol não é mais bonito. O Uruguai e o México foram elogiados por terem nos vencido, mas não jogaram nada.

Pergunta - Como evitar que o nervosismo tome conta?

Marcos -
O nervosismo já tomou conta do time faz tempo. Temos que mudar isso no campo.

Pergunta - Você, particularmente, o que precisa mudar?

Marcos -
É complicada a minha situação. Não faço gol, não bato falta, não sei cabecear... Mas, se tiver alguma falha, vou a campo para corrigir e não cometê-la na partida seguinte.

Pergunta - E se você fosse cobrar faltas, como o Rogério?

Marcos -
Na situação em que está, é capaz de eu ir lá cobrar a falta, a bola esbarrar na barreira e o adversário fazer o gol [risos].
 

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