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23/07/2001
-
06h40
dos enviados da Folha de S.Paulo a Cali
A seleção brasileira do "copeiro" técnico Luiz Felipe Scolari disputa hoje o seu primeiro mata-mata. Contra Honduras, às 21h45 (horário de Brasília), em Manizales, na Colômbia, o Brasil tem 90 minutos para tentar alcançar as semifinais da Copa América.
Se o jogo terminar empatado, a vaga será decidida diretamente na disputa de pênaltis _o regulamento do torneio não prevê a disputa de uma prorrogação.
Mais do que na aparente fragilidade do adversário, convidado às pressas após a desistência da Argentina e que tornou-se uma surpresa na Colômbia, a seleção aposta no bom retrospecto de Scolari nas decisões em um jogo.
Foi em torneios com mata-mata que o treinador, apologista do futebol de resultados, mais se notabilizou nos clubes que dirigiu.
Ele é, por exemplo, o técnico com mais conquistas na Copa do Brasil, disputada exclusivamente em séries eliminatórias de dois jogos, sem fases classificatórias: ganhou em 1991, com o Criciúma, em 1994, com o Grêmio, e em 1998, com o Palmeiras.
Tem ainda no currículo duas Libertadores da América (1995 e 99), um Campeonato Brasileiro (1996) e uma Copa Mercosul (1998), competições em que, como na Copa América, o mata-mata começa na segunda fase.
O aproveitamento de Scolari no quesito só revela-se um fiasco no Mundial Interclubes de Tóquio, disputado em um único jogo. O treinador perdeu as duas finais que disputou, em 95, com o Grêmio, para o Ajax (Holanda), e em 99, pelo Palmeiras, diante do Manchester United (Inglaterra).
As principais armas de um mata-mata -valorização do aspecto emocional, substituições na hora certa, catimba e retranca quando se está vencendo- já apareceram nos jogos do Brasil na primeira fase da Copa América.
Primeiro foi na vitória por 2 a 0 sobre o Peru, quando Scolari apelou para a superstição e fez o time jogar de camisa azul, o segundo uniforme da seleção -o técnico não quis anunciar que cor será usada pela sua equipe amanhã.
O recurso de sacar uma "arma secreta" no decorrer do jogo também foi utilizado: Denílson entrou e foi decisivo nos triunfos sobre Peru e Paraguai. Amanhã o meia-atacante do Betis será titular por causa da contusão do corintiano Ewerthon no último jogo.
A catimba, outra artimanha típico de Scolari, se fez presente contra os paraguaios. Ele foi expulso, mas, escondido na boca do túnel, continuou comandando o time _depois o auxiliar Murtosa também foi colocado para fora.
Os dois foram suspensos por uma partida, e o Brasil será comandado amanhã pelo coordenador técnico Antônio Lopes.
BRASIL
Marcos; Juan, Cris e Luisão; Belletti, Eduardo Costa, Emerson, Alex e Júnior; Guilherme e Denílson .
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
HONDURAS
Valladares; Pérez, Medina e Caballero; Cárcamo , García , Rodríguez, León e Guevara; Turcios e Martínez.
Técnico: Ramón Maradiaga.
Local: estádio Palogrande, em Manizales
Horário: 21h45
Juiz: Ubaldo Aquino (PAR)
TV: Bandeirantes e Globo
Scolari faz seu primeiro mata-mata com a seleção
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A seleção brasileira do "copeiro" técnico Luiz Felipe Scolari disputa hoje o seu primeiro mata-mata. Contra Honduras, às 21h45 (horário de Brasília), em Manizales, na Colômbia, o Brasil tem 90 minutos para tentar alcançar as semifinais da Copa América.
Se o jogo terminar empatado, a vaga será decidida diretamente na disputa de pênaltis _o regulamento do torneio não prevê a disputa de uma prorrogação.
Mais do que na aparente fragilidade do adversário, convidado às pressas após a desistência da Argentina e que tornou-se uma surpresa na Colômbia, a seleção aposta no bom retrospecto de Scolari nas decisões em um jogo.
Foi em torneios com mata-mata que o treinador, apologista do futebol de resultados, mais se notabilizou nos clubes que dirigiu.
Ele é, por exemplo, o técnico com mais conquistas na Copa do Brasil, disputada exclusivamente em séries eliminatórias de dois jogos, sem fases classificatórias: ganhou em 1991, com o Criciúma, em 1994, com o Grêmio, e em 1998, com o Palmeiras.
Tem ainda no currículo duas Libertadores da América (1995 e 99), um Campeonato Brasileiro (1996) e uma Copa Mercosul (1998), competições em que, como na Copa América, o mata-mata começa na segunda fase.
O aproveitamento de Scolari no quesito só revela-se um fiasco no Mundial Interclubes de Tóquio, disputado em um único jogo. O treinador perdeu as duas finais que disputou, em 95, com o Grêmio, para o Ajax (Holanda), e em 99, pelo Palmeiras, diante do Manchester United (Inglaterra).
As principais armas de um mata-mata -valorização do aspecto emocional, substituições na hora certa, catimba e retranca quando se está vencendo- já apareceram nos jogos do Brasil na primeira fase da Copa América.
Primeiro foi na vitória por 2 a 0 sobre o Peru, quando Scolari apelou para a superstição e fez o time jogar de camisa azul, o segundo uniforme da seleção -o técnico não quis anunciar que cor será usada pela sua equipe amanhã.
O recurso de sacar uma "arma secreta" no decorrer do jogo também foi utilizado: Denílson entrou e foi decisivo nos triunfos sobre Peru e Paraguai. Amanhã o meia-atacante do Betis será titular por causa da contusão do corintiano Ewerthon no último jogo.
A catimba, outra artimanha típico de Scolari, se fez presente contra os paraguaios. Ele foi expulso, mas, escondido na boca do túnel, continuou comandando o time _depois o auxiliar Murtosa também foi colocado para fora.
Os dois foram suspensos por uma partida, e o Brasil será comandado amanhã pelo coordenador técnico Antônio Lopes.
BRASIL
Marcos; Juan, Cris e Luisão; Belletti, Eduardo Costa, Emerson, Alex e Júnior; Guilherme e Denílson .
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
HONDURAS
Valladares; Pérez, Medina e Caballero; Cárcamo , García , Rodríguez, León e Guevara; Turcios e Martínez.
Técnico: Ramón Maradiaga.
Local: estádio Palogrande, em Manizales
Horário: 21h45
Juiz: Ubaldo Aquino (PAR)
TV: Bandeirantes e Globo
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