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29/07/2001 - 10h22

Copa América estuda expansão para o norte

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RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo

A Copa América deu início à sua 40ª edição no dia 11 de julho quase que ameaçada de extinção e termina hoje, com uma final entre Colômbia e México, revigorada e disposta a ampliar o número de participantes devido à boa atuação das equipes da Concacaf.

A Confederação Sul-Americana de Futebol admitiu que estuda aumentar o número de seleções que disputam a competição já a partir da edição de 2003, no Peru.

"Podemos aumentar o número de participantes, mesmo que gradativamente. Primeiro, poderíamos passar para 14 times. Depois, talvez, para 16", disse Francisco Figueredo Britez, secretário-executivo da Sul-Americana à Folha.

Desde 1993, a Copa América conta com 12 participantes -os dez países filiados à Sul-Americana, o México e um convidado, normalmente da Concacaf.

Neste ano, porém, com as desistências de Argentina e Canadá, Honduras e Costa Rica foram chamadas às pressas para atuar no torneio e brilharam a ponto de a Sul-Americana querer abrir de vez as portas para a Concacaf.

"As seleções da Concacaf demonstraram que merecem jogar na Copa América. A Costa Rica teve uma grande participação [teve a segunda melhor campanha da primeira fase]. Honduras também [eliminou o Brasil]. Isso é bom para o torneio", disse Britez.

O dirigente disse que, se Honduras ficasse com o título, estaria garantida na Copa América de 2003. "A Sul-Americana teria a obrigação moral de convidá-la."

Honduras caiu nas semifinais diante da anfitriã Colômbia e disputa hoje com o tradicional Uruguai o terceiro lugar do torneio.

Nesta Copa América, aconteceram 12 confrontos entre seleções sul-americanas e seleções da Concacaf. Os times da América do Sul venceram só três vezes e saíram derrotados em sete ocasiões.

Na história do torneio, agora, há um empate no confronto entre as confederações -são 17 vitórias para a Concafaf e 17 para a América do Sul. Os jogos de hoje podem colocar a Concacaf em vantagem.

O presidente da Confederação Sul-Americana, Nicolas Leóz, torceu declaradamente para a Colômbia na semifinal contra Honduras para não ver uma final de seleções da Concacaf na Copa América.

"Quero que ganhe o melhor. E que o melhor seja a Colômbia", afirmou, preocupado.

O dirigente, porém, disse que seu sonho agora é ver a Copa América, torneio de seleções mais antigo que ainda é disputado, com mais equipes da Concacaf.

A Traffic, empresa de marketing esportivo que detém os direitos da Copa América, será consultada a respeito do aumento de participantes no torneio. J. Hawilla, principal executivo da empresa, está na Colômbia para acompanhar a final e não foi localizado pela Folha para falar do tema.

Por questões de segurança, quase a Copa América não aconteceu neste ano na Colômbia. O torneio, porém, transcorreu sem problemas e mobilizou todo o país, que teve estádios lotados e redução nos índices de violência.

A Colômbia tenta seu primeiro título da Copa América. A equipe venceu as cinco partidas que fez no torneio e não foi vazada -pode ser a primeira equipe campeã sem levar gols desde 1921. O México também busca o primeiro título, o primeiro da Concacaf.
 

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