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26/08/2001 - 08h40

Queda no investimento prejudica participação esportiva brasileira

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da Folha de S.Paulo

Uma série de conjunturas, todas ligadas de alguma forma ao aspecto financeiro, são apontadas como motivos do desapontador desempenho recente do Brasil em competições internacionais.

O coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, afirma que a redução dos investimentos dos clubes cariocas e a mobilização dos judocas com a eleição na CBJ, em março, prejudicou a participação da seleção no Mundial, no mês passado.

"O fato de a prefeitura do Rio ter retirado seu apoio a alguns atletas, aliado à atitude dos clubes do Rio [que haviam investido em esporte em 2000], provocou momentos de insegurança nos atletas. E, na mesma época da eleição, ocorreram algumas etapas do circuito europeu que serviriam de preparação [para o Mundial]."

Ricardo Moura, que comandou a equipe brasileira em sua pior campanha em dez anos, no Mundial de Desportos Aquáticos de Fukuoka (Japão), também reivindica mais investimentos.

"De 96 a 99, o Brasil foi bem porque teve respaldo financeiro dos segmentos da sociedade. Passado um ano da Olimpíada, nós temos programas de desenvolvimentos da natação amarrados porque não temos dinheiro."

Pentacampeão na classe laser, o iatista Robert Scheidt defende a necessidade de isenção fiscal. "É difícil para nós, esportistas, adquirirmos nossos equipamentos. Gostaria que fosse diminuída a taxa sobre a importação para nós."

Luiz Claudio Boselli, presidente da Confederação Brasileira de Boxe, atribui à falta de condições de o Brasil aderir à modernidade a fraca performance dos atletas.

"Sim, houve a decisão de se investir em jovens talentos. Com isso, atletas experientes, mas que estarão com muita idade em 2004, não foram ao Mundial. Mas há também o fato de nenhuma federação no Brasil usar o sistema computadorizado de pontuação. Com isso, nossos atletas não se adaptam ao estilo exigido lá fora."

E há aqueles que creditam ao destino resultados insatisfatórios. "É frustrante voltar sem medalha. Foi uma fatalidade", diz Ricardo D'Angelo, diretor técnico da Confederação Brasileira de Atletismo, sobre o Mundial de Edmonton.
 

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