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01/08/2000 - 20h39

Alpinista brasileiro conquista montanha mais perigosa do mundo

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da Folha Online

Após quase um mês de espera por uma melhora no clima, e 63 dias de expedição, o alpinista paranaense Waldemar Niclevicz conseguiu o título de primeiro brasileiro a atingir o topo da mais perigosa montanha do mundo, o K2, na cordilheira do Himalaia, no Paquistão.

Depois de uma tentativa barrada aos 8.040 metros, em 1998, e um abandono após a morte de um alpinista romeno em 1999, Niclevicz, primeiro brasileiro a atingir o topo do Monte Everest, voltou em 2000 ao K2 para completar o seu trabalho.

A conquista definitiva da montanha ocorreu na sexta-feira, às 18h30, mas a comunicação só se deu na tarde desta terça, quando o brasileiro e os italianos Abele Blanc e Marco Camandona retornaram ao acampamento base para conseguir contato externo.

"A 8.400 m, o sol nos esquentava na "travessia do japonês", enquanto um muro de gelo de quase 80 m de altura ameaçava despencar sobre nossa cabeça", contou o alpinista.

"Daí para a frente, a neve, sempre na altura do joelho, atrasava nossa progressão. Estávamos sem usar o oxigênio artificial, mas pelo menos o tempo estava ótimo, sol, céu azul...", prosseguiu. "E continuamos, para chegar, Abele Blanc, Marco Camandona e eu, um atrás do outro, às 18h30 do dia 29 de julho, no alto dos 8.611 metros de altitude."

Na noite do início da descida, sob um frio de 30 graus abiaxo de zero, o brasileiro teve princípio de congelamento em uma das mãos.

A investida que obteve sucesso foi iniciada no dia 26 e só pôde ser feita porque a meteorologia garantiu quatro dias de ligeira melhora no tempo, fundamental para evitar as perigosíssimas avalanches de neve.

Niclevicz, 33, estava em seu terceiro desafio ao K2. Localizada no Paquistão, próximo à fronteira com a China, o K2 é a segunda montanha mais alta do mundo, com 8.611 metros de altitude e o apelido de "montanha da morte".

Apenas 165 alpinistas atingiram o cume do K2, contra mais de 1.200 que chegaram ao topo do Everest. Cinqüenta e quatro pessoas já morreram durante o desafio e ninguém conseguiu finalizar a escalada nos últimos três anos.(com Agência Folha)

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