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03/11/2001 - 07h55

São Paulo 'tenso' enfrenta Corinthians 'tranquilo'

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EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE

da Folha de S.Paulo

São Paulo e Corinthians se enfrentam hoje numa situação rara na história do confronto entre os dois. Acostumados a conviver com seguidas crises, os corintianos entram em campo, às 16h, em São José do Rio Preto (a 440 km de São Paulo), mais tranquilos que os rivais, apesar de terem campanha pior no Brasileiro.

As vitórias sobre o Santos, pelo Nacional, e diante do Universidad Católica (Chile), que classificou o time para as semifinais da Mercosul, deram um novo fôlego ao clube do Parque São Jorge.

No São Paulo, uma derrota deve voltar a deixar o técnico Nelsinho Baptista com o cargo ameaçado. Até mesmo um empate pode conturbar mais o ambiente no clube.

"Além de precisarmos dos pontos, uma derrota tumultuaria o ambiente, ainda mais por causa da rivalidade com o Corinthians", afirmou o atacante França.

O temor dos são-paulinos é que um fracasso amanhã faça com que o clube volte a viver uma crise tão aguda quanto à instalada antes da partida contra a Lusa, também em Rio Preto. A vitória por 1 a 0 minimizou a turbulência e manteve Nelsinho no cargo.

Mesmo assim, o time saiu vaiado de campo e voltou a sofrer com as críticas da torcida no empate contra o São Caetano (0 a 0), sábado passado, no Morumbi.

Conselheiros ligados ao presidente são-paulino, Paulo Amaral, acreditam que uma derrota amanhã possa provocar a demissão de Nelsinho Baptista, porém os dirigentes negam.

A diretoria diz que repetirá a atitude que tomou no passado, ao manter treinadores após sequências negativas. Times vencedores, como os dos técnicos Cilinho e Telê Santana, passaram por jejuns de vitórias que não provocaram a queda dos treinadores.

Neste Brasileiro, o time de Nelsinho, que ocupa a 11ª colocação, com 30 pontos, chegou a ficar cinco jogos sem vencer.

Além da instabilidade provocada pelos maus resultados, Nelsinho teve de enfrentar o desgaste provocado pelo afastamento de Carlos Miguel, Gustavo Nery e Rogério Pinheiro, chamados de "laranjas podres" pelo treinador.

Depois, em uma situação constrangedora, ele reintegrou Nery e Pinheiro, como queria a diretoria.

Enquanto os são-paulinos padecem com os atritos no elenco, o técnico Wanderley Luxemburgo celebra os reforços experientes contratados pela diretoria, que, segundo ele, "trouxeram leveza para os mais jovens".

"O astral está muito bom, principalmente após a chegada do César Sampaio e do Dida", disse.

Luxemburgo, que, ao lado da diretoria, comanda uma reformulação no time, 16º colocado no Brasileiro, com 26 pontos, não teme uma derrota amanhã.
Repete sempre que o planejamento feito está sendo seguido e, por isso, mesmo que não consiga a classificação à segunda fase do Campeonato Brasileiro, a "tranquilidade não será perdida".

Apoiado pela torcida e pela cúpula corintiana, o técnico argumenta que o time está em formação, mas ficará pronto em 2002. "Essa é a nossa realidade. Não vou enganar o torcedor, mas eu confio nessa equipe. Primeiro, temos que resolver nossos problemas para depois superarmos os adversários", declarou.

Apesar de dizer que os jogadores não devem desistir de buscar a vaga na fase seguinte do Nacional, o técnico classificou como "antecipação de etapas" uma eventual classificação na competição ou a conquista da Mercosul.

"Nós temos que trabalhar superando as dificuldades. Se fizermos isso, nos tornaremos mais fortes."

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Belletti, Reginaldo, Júlio Santos e Lino; Maldonado, Alexandre, Kaká (Júlio Baptista) e Leonardo; França e Dill
Técnico: Nelsinho Baptista

CORINTHIANS
Dida; Fabinho, Scheidt, Batata e Kléber; César Sampaio, Rogério, Ricardinho e Luciano Ratinho (Leandro); Deivid e Gil
Técnico: Wanderley Luxemburgo

Local: estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto (SP
Horário: 16h
Juiz: Alfredo dos Santos Loebeling (SP)
 

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