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15/11/2001
-
02h01
HUMBERTO PERON
especial para a Folha Online
Luiz Felipe Scolari precisou voltar a ser o Felipão do Grêmio e do Palmeiras para conquistar a vaga brasileira no Mundial.
O técnico abandonou o esquema 3-5-2 e voltou ao 4-4-2, armando o time da mesma maneira como conquistou inúmeros títulos na década passada, para ganhar da Venezuela.
Na defesa, os laterais Belletti e Roberto Carlos atuaram com total liberdade para atacar, como Arce, Roger e Júnior nas Libertadores de 1995 e 99.
No meio-de-campo, mais semelhanças. A dupla de contenção Edmílson-Emerson lembrou Dinho-Goiano e César Sampaio-Rogério/Galeano.
Tanto na equipe paulista como na gaúcha, os volantes nunca avançavam ao mesmo tempo e ficavam sempre na cobertura dos laterais, evitando, mesmo com faltas, que os zagueiros ficassem no 'mano a mano' com os atacantes adversários.
Aos meias ofensivos, Rivaldo e Juninho, assim como Carlos Miguel e Arílson, no Grêmio, e Alex e Zinho, no Palmeiras, cabiam a criação e as finalizações de fora da área.
Na frente, Felipão repetiu a fórmula composta por um jogador rápido e um de grande vigor físico, oportunista e boa presença de área.
O ágil tem a função de se deslocar pelas pontas, tentar jogadas individuais e preparar arremates ao fixo. Foi o que fez Edílson, presente nos três gols sobre a Venezuela. Nos clubes, o esquema funcionou com Paulo Nunes-Jardel e Paulo Nunes-Oséas.
Também no início do jogo em São Luís, o Brasil no Castelão lembrou o Grêmio no Olímpico e o Palmeiras no Parque Antarctica.
A seleção sufocou o adversário em busca de um gol antes dos 15 minutos. Conseguiu e depois aproveitou os espaços abertos pelos venezuelanos para ser mais ofensiva.
Até a trajetória do técnico na seleção lembra muito as passagens pelos clubes. Os resultados demoraram a aparecer, e, principalmente no Palmeiras, seus métodos foram contestados pelos torcedores, que diziam que Felipão estava indo contra a tradição ofensiva e de jogo bonito do clube.
Agora só falta que o final de sua história na seleção seja igual à no Grêmio e Palmeiras. Vale lembrar que na Copa o que não falta são jogos mata-matas, matéria em que Felipão é especialista.
Até o Mundial!
E-mail: hperon@bol.com.br
Análise: Scolari volta a ser Felipão para garantir vaga
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especial para a Folha Online
Luiz Felipe Scolari precisou voltar a ser o Felipão do Grêmio e do Palmeiras para conquistar a vaga brasileira no Mundial.
O técnico abandonou o esquema 3-5-2 e voltou ao 4-4-2, armando o time da mesma maneira como conquistou inúmeros títulos na década passada, para ganhar da Venezuela.
Na defesa, os laterais Belletti e Roberto Carlos atuaram com total liberdade para atacar, como Arce, Roger e Júnior nas Libertadores de 1995 e 99.
No meio-de-campo, mais semelhanças. A dupla de contenção Edmílson-Emerson lembrou Dinho-Goiano e César Sampaio-Rogério/Galeano.
Tanto na equipe paulista como na gaúcha, os volantes nunca avançavam ao mesmo tempo e ficavam sempre na cobertura dos laterais, evitando, mesmo com faltas, que os zagueiros ficassem no 'mano a mano' com os atacantes adversários.
Aos meias ofensivos, Rivaldo e Juninho, assim como Carlos Miguel e Arílson, no Grêmio, e Alex e Zinho, no Palmeiras, cabiam a criação e as finalizações de fora da área.
Na frente, Felipão repetiu a fórmula composta por um jogador rápido e um de grande vigor físico, oportunista e boa presença de área.
O ágil tem a função de se deslocar pelas pontas, tentar jogadas individuais e preparar arremates ao fixo. Foi o que fez Edílson, presente nos três gols sobre a Venezuela. Nos clubes, o esquema funcionou com Paulo Nunes-Jardel e Paulo Nunes-Oséas.
Também no início do jogo em São Luís, o Brasil no Castelão lembrou o Grêmio no Olímpico e o Palmeiras no Parque Antarctica.
A seleção sufocou o adversário em busca de um gol antes dos 15 minutos. Conseguiu e depois aproveitou os espaços abertos pelos venezuelanos para ser mais ofensiva.
Até a trajetória do técnico na seleção lembra muito as passagens pelos clubes. Os resultados demoraram a aparecer, e, principalmente no Palmeiras, seus métodos foram contestados pelos torcedores, que diziam que Felipão estava indo contra a tradição ofensiva e de jogo bonito do clube.
Agora só falta que o final de sua história na seleção seja igual à no Grêmio e Palmeiras. Vale lembrar que na Copa o que não falta são jogos mata-matas, matéria em que Felipão é especialista.
Até o Mundial!
E-mail: hperon@bol.com.br
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