17/11/2001 - 19h32

Final da Masters Cup antecipa decisão da Copa Davis

da Folha Online

Apesar do título da "corrida dos campeões" já estar decidido e de Lleyton Hewitt já ser o número um da temporada 2001 da ATP, a final da Masters Cup de Sydney, que o australiano faz com o francês Sébastien Grosjean, nesta madrugada, à 1h, não será uma mera consagração do tenista local.

Além de ter de enfrentar um jogador que venceu oito de suas nove últimas partidas, num jogo que vale a, nada desprezível, quantia de US$ 1,52 milhão, a partida serve para aquecer os ânimos da final da Copa Davis, que França e Austrália disputam a partir do próximo dia 30, em Melbourne.

Os dois jogadores são os números um de seus países e maiores trunfos para a disputa do título da tradicional competição de equipes.

Se a festa é toda de Hewitt _joga em casa, tornou-se o primeiro australiano a encabeçar o ranking mundial ao final de uma temporada desde 1973_, Grosjean é a surpresa no torneio.

Último tenista a se classificar para a Masters Cup, há apenas dois domingos, quando conquistou o título do Masters Series de Paris, o francês era o menos cotado para disputar o título do torneio que reúne os oito melhores tenistas do ano.

Estreante na competição, menos badalado e com o menor número de conquistas entre os participantes, Grosjean mostrou muita consistência ao bater os experientes Patrick Rafter, Andre Agassi e Ievguêni Kafelnikov. Tirando a derrota da estréia, justamente diante de Hewitt, o francês não perdeu mais sets no torneio e foi o único que venceu uma parcial do jovem australiano.

Os dois tem, ainda, estilos muito semelhantes. Ambos gostam mais de ficar trocando bolas no fundo de quadra, têm na velocidade a característica maior de seu jogo e são mestres no contra-ataque.

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