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Roland Garros vê o pior EUA na história dos Grand Slams
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da Folha de S.Paulo
Robby Ginepri era a última esperança dos EUA em Roland Garros. Ele vencia o argentino Diego Hartfield por 2 a 1 e tinha 2/0 no quarto set quando a partida foi interrompida, na terça.
Ontem, porém, o argentino assumiu o controle e fechou o jogo em 3 a 2 (6/4, 1/6, 5/7, 6/4 e 6/2). Com a eliminação, os americanos não avançaram à segunda rodada e fizeram a pior campanha na chave masculina de um Grand Slam na Era Aberta (a partir de 1968).
É a terceira vez no período que o país que mais formou líderes do ranking não chega à segunda rodada de um dos maiores torneios --nas outras duas, nos Abertos da Austrália de 1972 e 1973, nenhum americano se inscreveu no evento.
Foi também o pior resultado dos EUA em 40 anos em Roland Garros. Antes de Ginepri (48º do ranking), caíram na primeira rodada em Paris outros oito americanos: Andy Roddick (terceiro do mundo), James Blake (oitavo), Vince Spadea (66º), Sam Querrey (67º), Michael Russell (68º), Amer Delic (69º), Robert Kendrick (86º) e Justin Gimelstob (150º).
"Não estava ciente de que ele [Ginepri] era o último americano", comentou Hartfield.
Historicamente, apesar de terem obtido títulos em Roland Garros, os americanos não se dão muito bem no saibro, superfície do Grand Slam francês.
O primeiro troféu do país no torneio na Era Aberta (com a participação de profissionais) aconteceu em 1989, com Michael Chang --na Austrália foi em 1970; em Wimbledon, em 1972; e nos EUA, em 1968.
Alguns dos maiores tenistas americanos, como John McEnroe, Jimmy Connors e Pete Sampras, nunca conseguiram triunfar no saibro de Paris.
Nos últimos três anos, apenas um representante do país alcançou a terceira rodada do torneio: Blake, no ano passado.
"É esperado que eles [americanos] sejam eliminados na primeira ou na segunda rodada", afirmou Hartfield. "Nós [argentinos] estamos acostumados a jogar no saibro e somos eliminados cedo no Aberto dos EUA [disputado em piso de cimento]. É a mesma coisa."
A pouca familiaridade dos americanos com a terra batida ajuda a explicar o fracasso em Roland Garros, mas o nível técnico dos representantes do país também sofreu uma queda.
Sampras e Andre Agassi foram os únicos americanos a vencer na grama de Wimbledon nos últimos 21 anos.
Com a aposentadoria dos dois, há apenas um americano detentor de um título de Grand Slam em atividade. Roddick venceu em casa há quatro anos.
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