"No escuro", 11 cavaleiros lutam por 3 vagas no Pan-2007

Sem "técnico" definido, os cavaleiros terão a partir de hoje a última chance de conseguir nas pistas vaga na equipe brasileira que vai disputar o Pan.

Apenas 11 dos 75 conjuntos inscritos na primeira seletiva têm chances de se classificar no torneio, que será aberto pela manhã, no Centro Nacional de Hipismo, em Deodoro (zona oeste), local de disputa dos Jogos. Três vagas oficialmente estão em jogo na competição.

Mesmo assim, a chance de classificação no Rio de todos os integrantes da equipe é remota. Pelo critério imposto pela Confederação Brasileira de Hipismo, os cavaleiros terão que ter menos de 28 pontos para disputar o Pan. Depois da seletiva de São Paulo, encerrada na semana passada, apenas cinco conjuntos têm menos de 20 pontos. Os demais estão praticamente desclassificados.

Caso as vagas fiquem abertas após a conclusão da seletiva, o "Chef d'Equipe" nomeado pela confederação vai escolher os conjuntos brasileiros. Segundo a entidade, o "técnico" poderá convocar os membros da equipe "a seu exclusivo critério".

"Deixei de competir por isso. As regras não são claras. Como vou participar de uma prova sem saber quem me julga. É quase como brincar de cabra-cega depois de 54 anos", disse o cavaleiro Luiz Felipe de Azevedo, dono de dois bronzes por equipe em Olimpíadas e de um ouro no individual no Pan-91.

Ele lembrou que em outras ocasiões o chefe de equipe era nomeado pela confederação antes do término das seletivas.

A assessoria da CBH informou que o responsável por indicar os conjuntos será anunciado após o torneio no Rio.

Outros ginetes ouvidos pela reportagem criticaram reservadamente a demora na definição do "técnico" e no critério adotado pela confederação.

Se as vagas não forem preenchidas no Rio, os brasileiros que competem no exterior e não disputaram a seletiva poderão se classificar para o Pan.

Com isto, Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, e Pedro Veniss têm chance. Rodrigo Pessoa e Bernardo Alves já foram selecionados pela CBH.