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06/08/2000
-
20h09
da Reuters, em Sydney
Não se surpreenda se os competidores na Olimpíada de Sydney parecerem-se mais com extraterrestres do que com atletas. Alguns corredores e nadadores substituirão os tradicionais shorts e sungas por roupas especiais que cobrem o corpo inteiro.
A nova onda de vestimentas esportivas não tem nenhuma relação com a vaidade dos atletas. É, na verdade, mais uma contribuição dos cientistas na busca de recordes mundiais e medalhas.
A introdução de trajes inteiros tem causado agitação na natação. A Federação Internacional de Natação aprovou o uso de roupas que vão do pescoço ao tornozelo, apesar da reclamação dos críticos, que argumentam que elas aumentam a flutuação e eliminam o "sex appeal" do esporte.
As novas roupas são desenhadas para diminuir a resistência que a água exerce sobre o nadador. Os fabricantes dizem que elas podem melhorar os tempos em até 3% e citam como exemplo uma série de recordes mundiais quebrados por nadadores que as vestiam.
O teen australiano Ian Thorpe, 17, usava as roupas especiais ao superar as marcas nos 200 m e 400 m livres. "O único problema em relação às roupas ocorre no vestiário. Quem vai fechar o zíper para você? Os homens não estão acostumados a fazer isso", completou, em tom irônico.
Mas nem todos os nadadores são a favor da inovação. O russo Alexander Popov, campeão mundial e olímpico nos 50 m 100 m livres, descartou o traje em Sydney, onde tentará ser o primeiro nadador tricampeão na mesma prova. "Já testei vários modelos e não gostei de nenhum. Vou usar minhas velhas sungas mesmo."
O novo visual também deve dominar as provas de atletismo. As roupas justas de lycra têm até capuz e luvas para diminuir a resistência do vento. Além de melhorar os tempos, argumentam os fabricantes, elas ajudam a proteger a musculatura e manter agradável a temperatura do corpo.
A velocista norte-americana Marion Jones, que busca um recorde de cinco medalhas em Sydney, é fã desses novos trajes. "Eles são tão lisos e macios que parece que você vai cortar o vento."
Novas tecnologias também serão vistas em outras modalidades, como na canoagem. Alguns competidores usarão óculos, mas não para proteger os olhos. Os óculos especiais estarão ligados a sensores e exibirão os sinais vitais, como batimento cardíaco e níveis de esforço. Aparelhos parecidos também serão usados no remo.
Leia mais sobre os Jogos Olímpicos de Sydney
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Tecnologia inova atletas em Sydney
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Não se surpreenda se os competidores na Olimpíada de Sydney parecerem-se mais com extraterrestres do que com atletas. Alguns corredores e nadadores substituirão os tradicionais shorts e sungas por roupas especiais que cobrem o corpo inteiro.
A nova onda de vestimentas esportivas não tem nenhuma relação com a vaidade dos atletas. É, na verdade, mais uma contribuição dos cientistas na busca de recordes mundiais e medalhas.
A introdução de trajes inteiros tem causado agitação na natação. A Federação Internacional de Natação aprovou o uso de roupas que vão do pescoço ao tornozelo, apesar da reclamação dos críticos, que argumentam que elas aumentam a flutuação e eliminam o "sex appeal" do esporte.
As novas roupas são desenhadas para diminuir a resistência que a água exerce sobre o nadador. Os fabricantes dizem que elas podem melhorar os tempos em até 3% e citam como exemplo uma série de recordes mundiais quebrados por nadadores que as vestiam.
O teen australiano Ian Thorpe, 17, usava as roupas especiais ao superar as marcas nos 200 m e 400 m livres. "O único problema em relação às roupas ocorre no vestiário. Quem vai fechar o zíper para você? Os homens não estão acostumados a fazer isso", completou, em tom irônico.
Mas nem todos os nadadores são a favor da inovação. O russo Alexander Popov, campeão mundial e olímpico nos 50 m 100 m livres, descartou o traje em Sydney, onde tentará ser o primeiro nadador tricampeão na mesma prova. "Já testei vários modelos e não gostei de nenhum. Vou usar minhas velhas sungas mesmo."
O novo visual também deve dominar as provas de atletismo. As roupas justas de lycra têm até capuz e luvas para diminuir a resistência do vento. Além de melhorar os tempos, argumentam os fabricantes, elas ajudam a proteger a musculatura e manter agradável a temperatura do corpo.
A velocista norte-americana Marion Jones, que busca um recorde de cinco medalhas em Sydney, é fã desses novos trajes. "Eles são tão lisos e macios que parece que você vai cortar o vento."
Novas tecnologias também serão vistas em outras modalidades, como na canoagem. Alguns competidores usarão óculos, mas não para proteger os olhos. Os óculos especiais estarão ligados a sensores e exibirão os sinais vitais, como batimento cardíaco e níveis de esforço. Aparelhos parecidos também serão usados no remo.
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