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25/06/2007 - 10h29

Marilson Gomes dos Santos já admite aposentadoria nas pistas

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RODRIGO MATTOS
da Folha de S.Paulo

Não é comum ver corredores brasileiros atuando em provas de fundo de pistas (5 mil e 10 mil metros) e na maratona numa mesma temporada. Mais difícil, um atleta nacional na elite mundial nas três distâncias.

Em 2007, Marilson Gomes dos Santos, 29, é um dos dois esportistas que figuram nas listas de 50 melhores da maratona e das duas provas de pista --o outro é o marroquino Adberrahim Goumri. A versatilidade nas três corridas é características de alguns dos grandes maratonistas da história.

Ontem, Marilson confirmou vaga nos 5 mil metros para o Pan do Rio-2007 ao vencer o Troféu Brasil de Atletismo. Já tinha garantido a vaga nos 10 mil metros, na última quarta-feira, com outra vitória.

Nessas duas provas, o brasileiro ocupa a 33ª posição no ranking da IAAF (Federação Internacional de Atletismo). Na maratona, sua prioridade, tem o 17º melhor tempo do ano. E é o atual campeão da prova de Nova York, uma das mais importantes do calendário.

"O Pan é minha última competição de pista", afirma Marilson, após vencer os 5 mil metros, em 13m43s41.

Não significa que ele vá abandonar de vez as provas de pista. Mas não deve disputá-las em competições grandes, como Pans e Olimpíadas. Em Pequim, já optou por correr apenas a maratona, para a qual já tem índice. É o que explica seu técnico, Adauto Domingues.

"É um processo natural [priorizar a maratona]. O atleta tem que ganhar bagagem para a maratona. Mas ele [Marilson] vai ficar na pista. A pista educa o atleta, enquanto a rua deseduca", explica o treinador.

Segundo ele, as provas de pista servem para aprimorar a velocidade do maratonista. Para marcar menos de 2h6min, boa marca nos 42,195 km, o corredor tem de fazer 3min por quilômetro. E obtém velocidade suficiente para esse feito treinando para os 10 mil.

"É uma besteira o que se faz no Brasil, em que o atleta começa a correr na rua e desiste da pista", explica Domingues, citando exemplo de maratonistas como Paul Tergat, com tempos fortes nos 10 mil metros.

Mas, para ir bem nas duas provas, Marilson muda o treinamento para cada uma delas. Costuma correr 210 km por semana para treinar para a maratona. A distância cai para 170 km para as outras corridas.

"É difícil manter a regularidade nas três provas. Você perde para uma prova quando treina para outra", conta Marilson.

Seu técnico entende que é possível se dedicar à maratona pouco tempo depois do Pan.

 

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