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26/06/2007 - 09h12

Governador vai a treino da seleção e enaltece esquema de segurança

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RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo, em Puerto La Cruz (VEN)

A Copa América da Venezuela pode sofrer com falta de estrutura, de organização, de apelo popular, de falta de luz, de desvio de ingressos. Mas de segurança, ao menos no que se vê nos dias que antecedem a abertura, não haverá problemas.

Um batalhão enorme de soldados foi deslocado para proteger as seleções, em especial a brasileira. "No Estado de Anzoátegui [onde está a base do Brasil], são 5.600 homens trabalhando. Queremos que todos estejam protegidos", disse o governador da região, Tarek Saab --um clássico de risco em São Paulo reúne 500 policiais.

O governador é um torcedor muito presente da seleção brasileira e atende a todos os jornalistas de forma descontraída. "Eu gosto mesmo de futebol. E, cá entre nós, torço para o Brasil", falou ele à reportagem durante treino da seleção. Saab, com perfil bem populista, leva a família para acompanhar na beirada do campo os treinos do time e é o único, claro, que consegue furar todas as barreiras militares no "CT" do Brasil.

"Sou o poeta da revolução. Faço poesias de amor, mas fui deputado, constituinte, sempre ao lado de Chávez [Hugo, o presidente]. Todos os governadores estão com ele. Você é da Folha? Conheço seu jornal. Quero ser conhecido em seu país", diz Saab, que espalhou ao lado do campo várias placas elogiando seu governo "revolucionário", o que "mais fez".

"Minha aprovação é de 62%. Depois da Copa América, será mais de 70%", diz ele, que leva a campo a bela mulher e o filho com a camisa da seleção.

Nos deslocamentos da equipe, há um comboio grandioso. No hotel, apenas de madrugada, uma tropa protege o time. "São 30 homens no hotel à noite", conta o sargento Toledo.

Os fuzis à mostra assustam quem não está acostumado a conviver com tantas armas. As fardas e as boinas são as mesmas de Hugo Chávez, ligado ao Exército --soldados das quatro Forças Armadas do país, que incluem a Guarda Nacional, usam um uniforme igual.

Os EUA, que jogam pela primeira vez a Copa América neste século --não atuam nela desde 1995-- fizeram apurado serviço de reconhecimento na Venezuela. O coordenador de seleções do país desafeto de Chávez, Tom King, apontou Maracaibo como sede do time. "Os EUA vão com a disposição de honrar o evento e o espetáculo. Nas visitas, levei todas as impressões dos campos de treinamento e dos estádios", disse.

Foram proibidas manifestações durante a Copa América, mas alguns protestos estavam previstos. A oposição ao governo Chávez é a maior ameaça à segurança da competição.

 

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