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18/12/2001 - 20h14

COB libera recursos das loterias às modalidades olímpicas

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ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo

Quatro meses depois de começar a receber verbas das loterias, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) finalmente deu um prazo para começar a liberar os recursos para as 27 confederações olímpicas.

As entidades que quiserem receber o dinheiro a partir de janeiro terão que apresentar seus projetos até dia 15 do mês que vem.

Em 16 de julho, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou projeto, de autoria do senador Pedro Piva (PSDB-SP), que passa a destinar 2% da arrecadação das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal) ao COB e Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Pela lei, 85% do dinheiro seria repassado ao COB, enquanto 15% ficariam com a entidade que cuida do esporte paraolímpico.

A barreira que vinha impedindo a destinação do dinheiro para as confederações olímpicas foi superada com a definição das instruções normativas do TCU (Tribunal de Contas da União) para fiscalizar a destinação das verbas.

Neste ano, segundo estimativas da CEF, o COB receberá R$ 15,858 milhões. Para 2002, o total deve chegar a R$ 36 milhões.

A pretexto de administrar esse dinheiro, o COB ficará com a maior cota da verba (30%) que será obtida no ano que vem: R$ 9 milhões. Mais 10% (R$ 3 milhões) serão destinados a um fundo de reserva para outras despesas da entidade e das confederações.

Do restante, o COB dividiu as verbas entre as confederações levando em conta, principalmente, a representatividade de cada esporte e as chances de obter medalhas em torneios internacionais.

Assim, cinco confederações -atletismo, basquete, desportos aquáticos, vôlei e vela e motor- irão receber um total de R$ 1,2 milhão, a cota mais alta, por ano.

Outras cinco entidades vão ganhar R$ 900 mil: ginástica, handebol, hipismo, judô e remo. Essa verba, para a maioria das modalidades, representa um aumento significativo no orçamento.

Para a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), os recursos vindos da Lei Piva trazem um acréscimo de 360% na receita. "Nunca tivemos R$ 900 mil por ano. Será uma verba muito grande para a gente", afirmou Vicélia Florenzano, presidente da CBG.

A CBB (Confederação Brasileira de Boxe) comemorou um aumento de 600% no orçamento. "Vamos poder formar novamente uma equipe olímpica. Além disso, terei recursos para pagar o aluguel da casa em que os atletas ficam alojados. Desde setembro estou pagando a despesa [R$ 1.000 mensais] com dinheiro do meu bolso", contou Luiz Cláudio Boselli, presidente da CBB.

Apesar do valor -o maior que o COB já recebeu do governo-, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, disse que os recursos serão insuficientes para financiar as atividades das confederações.

"A Lei Piva é um avanço, mas não é tudo. De acordo com o diagnóstico que foi apresentado pelo COB em maio, o esporte olímpico precisaria de R$ 103 milhões anuais para desenvolver seus projetos", afirmou o dirigente.
 

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