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22/07/2007 - 09h08

Judoca João Derly luta no Pan-2007 para superar traumas

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LUÍS FERRARI
da Folha de S.Paulo, no Rio

Único atleta brasileiro que tem no currículo o título de campeão mundial de judô, o meio-leve (até 66 kg) gaúcho João Derly, 26, luta hoje nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro para superar traumas recentes e antigos.

Em 2003, quando ainda competia entre os ligeiros (para lutadores de até 60 kg), ele foi o único membro da seleção masculina a deixar o Pan de Santo Domingo sem medalhas.

Derly sofreu muito para chegar ao limite de peso daquela categoria e acabou competindo debilitado fisicamente.

Com isso, a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) obrigou a migração do atleta para a categoria dos 66 kg e o cortou do Campeonato Mundial de Osaka, no Japão --esse torneio aconteceu um mês depois do Pan-Americano.

À época, o atleta não achou que mudar de classe era a melhor opção. Mas, como, em princípio, a pontuação que fizera no qualificatório olímpico como ligeiro foi computada na seletiva do meio-leve para Atenas, acreditou que o prejuízo à época era apenas sacrificar o torneio no Japão.

Mas os outros meio-leves do processo seletivo não aceitaram que o ranking da categoria contabilizasse competições de Derly como ligeiro. Eles entraram na Justiça Desportiva para alterar a situação. Houve uma nova seletiva, e então o lutador gaúcho acabou derrotado.

Ou seja, em decorrência do fiasco no Pan de 2003, o maior nome do judô brasileiro atual acabou privado de um Campeonato Mundial e dos Jogos Olímpicos de Atenas.

"Minha maior motivação no Rio de Janeiro é o Pan-Americano passado, que deixou um gosto amargoso porque tive um resultado muito ruim", reconhece o judoca.

"Depois, veio a troca de peso, que mudou tudo na minha vida. Achava que não deveria mudar, mas vejo hoje que foi a decisão acertada. Quero a medalha agora para apagar aquele Pan", aponta ele, que avalia como maior obstáculo para seu sucesso no evento o cubano Yordanis Arencibia.

É este o trauma recente. Na etapa brasileira da Copa do Mundo, em maio, o rival superou Derly em Belo Horizonte, em uma luta que, segundo o gaúcho, "ficou entalada". Até hoje ele se queixa de não ter tido uma pontuação computada pelos juízes na ocasião.

"Sem dúvida, ele é o principal adversário, e eu espero jogá-lo de ippon [a maior pontuação do judô], para não ter dúvida. Porém, se for de koka [a menor pontuação do esporte], está de bom tamanho também", finaliza o judoca.

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