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Torneio de boliche do Pan-2007 começa com convidados especiais
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EDGARD ALVES
da Folha de S.Paulo, no Rio
Nada de obesos, glutões e tomadores de cerveja como, a princípio, sugere o folclore. A equipe brasileira de boliche está enxuta. Pronta para tentar sua primeira medalha desde a introdução da modalidade nos Jogos Pan-Americano de Havana, em 1991.
O folclore, no caso, tem outro viés. O Barra Bowling, local da competição que começa hoje, fica dentro do Barra Shopping, perto da Vila Pan-Americana, mas não vai receber torcida. Como o espaço para público é reduzido, a organização do torneio optou por permitir convidados especiais, cerca de 200.
Atletas e técnicos, no entanto, parecem não se preocupar com a falta de público. "É a equipe brasileira mais bem preparada da história", afirma Geraldo Couto, 57, chefe da seleção nacional.
A versão é ratificada pelos integrantes do grupo. Apesar dos esforços, até as primeiras bolas rolarem a garantia de êxito é como um tiro no escuro.
Pelo retrospecto dos 19 países participantes, Estados Unidos, México e Canadá, nessa ordem, são os favoritos.
A seguir, aparece um bloco com Venezuela, Brasil e Colômbia. O time nacional treina há três semanas no Rio, de quatro a seis horas por dia.
"Além de torneios no exterior, houve ainda um estágio em Kegel, nos Estados Unidos, o melhor centro de treinamento do mundo", declara o técnico da seleção Carlos Cruz, 49.
Como atleta, Cruz chegou ao título de tetracampeão sul-americano. Ele é também o administrador do Barra Bowling.
Os representantes do Brasil no Pan foram selecionados durante 2006. A preparação específica começou em janeiro.
"Recebemos mais incentivo do Comitê Olímpico Brasileiro, treinamos muito e temos chance de medalha", afirma Fábio Rezende, 30, que forma, ao lado de Rodrigo Hermes, 24, o time masculino do Brasil.
No feminino, a equipe nacional é integrada por Jacqueline Maria Soares Costa, 43, e Roseli Costa dos Santos, 43.
"Para ganhar, é preciso controlar a ansiedade. O jogo é precisão e estratégia", declara Hermes, que, na sua preparação, recorre aos serviços de uma psicóloga esportiva e um personal trainer para mentalização.
Ex-bancária, Roseli dos Santos, afirma que a preparação foi "maravilhosa" e que recebeu apoio total. O marido e dois dos três filhos a acompanham no Pan do Rio. "Em casa, agora, só se fala de boliche."
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