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31/07/2007 - 13h45

Capitão da seleção iraquiana pede retirada dos EUA de seu país

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da Efe

Yunis Mahmoud, capitão da seleção de futebol iraquiana, que no domingo fez história ao conquistar pela primeira vez a Copa da Ásia, pediu que as tropas americanas abandonem seu país.

"Quero que os Estados Unidos saiam do Iraque. Hoje, amanhã ou depois de amanhã, mas saiam", declarou Mahmoud segundo o jornal indonésio "The Jakarta Post".

"Desejaria que os americanos nunca tivessem invadido Iraque e espero que isso acabe em breve", acrescentou.

A equipe se reuniu na Jordânia há dois meses para treinar sob o comando do técnico brasileiro Jorvan Vieira. Todos os jogadores têm parentes mortos no conflito iraquiano. Nenhum deles vive em seu país --defendem clubes de outros países do Oriente Médio.

Os jogadores da equipe, que conseguiram transformar o Iraque numa manchete de jornal por uma boa notícia pela primeira vez em muito tempo, não poderão voltar a seu país após a vitória na final da Copa da Ásia, no fim de semana, em Jacarta. "Se voltar para o Iraque, qualquer pessoa poderia me matar", declarou Mahmoud.

O capitão da equipe iraquiana foi o destaque da final e de todo o campeonato. Ele recebeu o prêmio Abdullah al-Dabal para o melhor jogador do torneio. Foi também o artilheiro, com quatro gols, ao lado de Yasser al-Qhatani, da Arábia Saudita, e Naohiro Takahara, do Japão.

Durante a final, toda a equipe usou no braço uma faixa negra em sinal de luto pela morte de 50 torcedores em dois atentados em Bagdá, durante a comemoração da vitória na semifinal. Entre eles havia uma criança.

"Após ver o filho morrer na sua frente, a mãe disse que entregava o filho como um sacrifício pelo time nacional. Tínhamos que ganhar", lembrou o capitão iraquiano.

"Trouxemos a felicidade a um país, não só a uma equipe. É muito importante", refletiu o treinador.

Vieira dedicou o título ao fisioterapeuta da equipe, assassinado num atentado em Bagdá alguns dias antes do primeiro jogo.

 

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