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03/08/2007 - 09h52

Clãs desfilam seus herdeiros e montarias no Athina Onassis

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MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo

Michael começou a montar pôneis na infância. Logo, tornou-se um prodígio. Em 93, já dono de medalha olímpica, ultrapassou John e se tornou o primeiro do ranking. Ontem, aconselhava o jovem William.

Eles formam o time britânico em ação no Concurso de Saltos Athina Onassis. E têm mais um detalhe em comum que revela uma das principais facetas do hipismo: a força familiar.

Whitaker é um dos quatro sobrenomes que se repetiram ontem na lista de competidores do concurso. Outros, mesmo solitários, representavam ex-esportistas importantes ou famílias poderosas, como Rodrigo Marinho, das Organizações Globo, ou Luciana Diniz, do Grupo Pão de Açúcar.

"É normal que o gosto pelo esporte passe de pai para filho. Além de conviver nesse meio, você já encontra toda a estrutura pronta, apoio, cavalos...", diz Karina Johannpeter, que ontem competiu contra o pai, Jorge Gerdau Johannpeter.

O clã também foi representado de forma indireta. César Almeida, ouro no Pan, montou Singular Joter II, de Gerdau. Cristina Harbich, mãe de Karina, salta o concurso nacional. Boa parte da família já foi a Olimpíadas e Mundiais.

"Sempre gostei de cavalos, saltava desde pequena, mas minha mãe queria que eu escolhesse sem pressão. Ela teve de segurar o meu pai para ele não me atropelar", brinca Karina.

Organizador do evento e competidor, Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, disputa as provas contra o irmão, Paulo Fernando de Miranda.

A família também o ajudou a conseguir tirar do papel a idéia de fazer o evento. Sua mulher batizou a competição.

"Com o nome da Athina, o concurso ganhou a credibilidade de que precisava para alavancar patrocínios", diz Doda.

Athina é amante de cavalos e costuma comprá-los para consumo próprio ou de outros atletas. Um deles, o melhor de todos, ela emprestou para o marido competir no ano passado. O mimo voltou machucado.

A herdeira da fortuna dos Onassis desenvolveu com Doda o gosto pela competição e quer tentar disputar o concurso que leva seu nome em 2008.

Mesma paixão que Nelson Pessoa passou para o filho. Quando Rodrigo nasceu, ele já era um dos principais nomes do hipismo. Sonhava em passar suas lições adiante.

"Eu só temia que ele não quisesse se dedicar, que não levasse a sério. Ele já tinha toda a estrutura. Tive muita sorte", afirma o pai de Rodrigo Pessoa, atual campeão olímpico.

Luciana Diniz decidiu usar a família para disputar competições importantes. Mas se afastou dos clãs que dominam o hipismo nacional e naturalizou-se portuguesa. "Não me mandaram para o Mundial, e eu estava com cavalo ótimo. Os portugueses sempre me trataram bem. Não há o que pague isso."

O Brasil foi apenas décimo no Mundial de Aachen, e a equipe terminou rachada por confusão entre membros das famílias Miranda e Teixeira.

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