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Presidente Lula diz que buscará apoio por Olimpíada-2016
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PEDRO DIAS LEITE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em encontro com atletas do Pan ontem em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que será um "caixeiro viajante" para angariar apoio para a realização da Olimpíada de 2016 no Brasil. O presidente afirmou que vai "fazer uma convocação tanto das empresas públicas do Brasil, quanto dos Estados, dos prefeitos e das empresas privadas para que a gente comece a financiar de verdade, a patrocinar a sobrevivência desses atletas".
Lula reconheceu ontem que muitas dos esportes olímpicos têm pouco ou nenhum incentivo. "Muitas vezes, por não ser uma atividade esportiva que dê alto retorno financeiro, [os atletas] não têm patrocinador. Então nós precisamos patrocinar, arrumar um jeito de essas pessoas poderem treinar corretamente e concorrer em todas, em todas as modalidades, em todas as disputas que tiver em qualquer parte do mundo", disse Lula, em entrevista depois.
Participaram do encontro cerca de 60 atletas do país, como as ginastas Jade e Daiane e o mesa-tenista Hugo Hoyama.
Não estavam presentes nem a seleção de vôlei, já em viagem ao exterior, nem atletas que criticaram a falta de incentivo ao esporte, como o medalha de ouro Diogo Silva, do taekwondo.
Os atletas que discursaram, Hoyama e Carlos Ramirez, da ginástica de trampolim, elogiaram o apoio do governo.
O presidente voltou a bater na tecla de que o Pan credenciou o Brasil para sediar a Olimpíada e disse que o país "não quer, não pode e não deve mais ser tratado como um país colonizado". Lula admitiu que será uma disputa difícil e usou como retórica a oposição entre um país em desenvolvimento e nações mais ricas. "Já começamos perdendo de 10 a 0", pois "nos olham de nariz empinado".
"Terei o maior orgulho de ser uma espécie de porta-voz de reivindicar para o Brasil o direito de fazer a Olimpíada de 2016. O que nós fizemos no Pan foi dar uma demonstração de que temos competência de organização, de segurança."
Mais uma vez, Lula defendeu os gastos com o Pan, que terminaram em R$ 3,7 bilhões. Disse que agora o desafio é manter a estrutura que foi criada. "Agora, precisamos cuidar para manter tudo aquilo que foi feito funcionando corretamente."
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