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09/01/2002
-
00h01
ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
Após a vitória na última São Silvestre, Maria Zeferina Balldaia, 29, disse que seu sonho agora seria disputar a maratona nos Jogos de Atenas-2004. No entanto, o calendário de provas da fundista pode fazer com que ela perca a chance de conseguir o índice para a mais tradicional prova olímpica.
"Vou tentar o índice nos 10.000 m e na maratona. Mas, se tiver que escolher, prefiro correr a maratona", disse Maria Zeferina.
Em 2001, ela correu 30 provas e foi a melhor brasileira (30º lugar) no Mundial de Meia-Maratona, em Bristol (Inglaterra). Por outro lado, disputou competições inexpressivas, como os 10 km de Descalvado ou a Corrida Aniversário de Jacutinga. Ganhou ambas, mas isso pouco somou a seu currículo.
"Ainda não defini meu calendário para 2002, mas vou correr o que der", afirmou Maria Zeferina.
O excesso de corridas fez com que a atleta não atingisse grandes índices, apesar de ter mantido um bom desempenho durante o ano todo. Das 30 provas que disputou, ela venceu 16. No entanto, conseguiu apenas a quarta marca brasileira na maratona em 2001.
Sua melhor performance foi na Maratona de São Paulo, quando fez o tempo de 2h39min33s. Esse índice é bem inferior ao melhor do país no ano passado. Na Maratona de Amsterdã, Dione D'Agostini marcou 2h36min50s. As duas marcas estão acima do índice estabelecido pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) para o último Mundial, em Edmonton-2001, que foi de 2h32min.
"As maratonas do Brasil, por causa do percurso e do clima, não favorecem os atletas a obterem bons índices. Os melhores percursos são os de Chicago, Roterdã, Amsterdã, Londres e Berlim", contou Clodoaldo Lopes do Carmo, técnico de Dione D'Agostini.
Em 2001, Zeferina só foi ao exterior para correr a Maratona de Paris e o Mundial de Bristol. Pior: com preparação inadequada, disputou quatro maratonas em quatro meses _Paris, Porto Alegre, Bandeirantes (Campinas) e São Paulo, entre abril e julho.
Normalmente, uma fundista corre uma maratona a cada quatro meses, intercalando duas ou três provas com distâncias menores (de 10 km a meia-maratona).
Nem a fama vinda após a vitória na São Silvestre serviu para Zeferina deixar de disputar provas caça-níquel. No último domingo, só seis dias depois da vitória em São Paulo, ela voltou à rua para disputar a Corrida de Reis, em Cuiabá (MT). Venceu e obteve a melhor marca da história da prova.
Mesmo com novo patrocinador, a Mizuno, a situação de Zeferina não deve se alterar neste ano.
"Não impusemos nada aos nossos atletas. Mas gostaríamos que eles disputassem a Maratona de São Paulo, a Meia-Maratona do Rio, a Volta da Pampulha [em Belo Horizonte] e a São Silvestre", contou Alice Satt, consultora de relações esportivas da Mizuno.
A princípio, o contrato de patrocínio não vincula a possibilidade de a atleta disputar alguma prova importante no exterior.
"Costumamos ter um estande na Maratona de Nova York, mas não fomos em 2001 por causa dos atentados terroristas [em setembro, dois meses antes da corrida]. Pode ser que seja interessante [mandar Maria Zeferina para os EUA], mas nosso interesse é em provas nacionais", disse Satt.
Excesso de competições ameaça Zeferina na Olimpíada-2004
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da Folha de S.Paulo
Após a vitória na última São Silvestre, Maria Zeferina Balldaia, 29, disse que seu sonho agora seria disputar a maratona nos Jogos de Atenas-2004. No entanto, o calendário de provas da fundista pode fazer com que ela perca a chance de conseguir o índice para a mais tradicional prova olímpica.
"Vou tentar o índice nos 10.000 m e na maratona. Mas, se tiver que escolher, prefiro correr a maratona", disse Maria Zeferina.
Em 2001, ela correu 30 provas e foi a melhor brasileira (30º lugar) no Mundial de Meia-Maratona, em Bristol (Inglaterra). Por outro lado, disputou competições inexpressivas, como os 10 km de Descalvado ou a Corrida Aniversário de Jacutinga. Ganhou ambas, mas isso pouco somou a seu currículo.
"Ainda não defini meu calendário para 2002, mas vou correr o que der", afirmou Maria Zeferina.
O excesso de corridas fez com que a atleta não atingisse grandes índices, apesar de ter mantido um bom desempenho durante o ano todo. Das 30 provas que disputou, ela venceu 16. No entanto, conseguiu apenas a quarta marca brasileira na maratona em 2001.
Sua melhor performance foi na Maratona de São Paulo, quando fez o tempo de 2h39min33s. Esse índice é bem inferior ao melhor do país no ano passado. Na Maratona de Amsterdã, Dione D'Agostini marcou 2h36min50s. As duas marcas estão acima do índice estabelecido pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) para o último Mundial, em Edmonton-2001, que foi de 2h32min.
"As maratonas do Brasil, por causa do percurso e do clima, não favorecem os atletas a obterem bons índices. Os melhores percursos são os de Chicago, Roterdã, Amsterdã, Londres e Berlim", contou Clodoaldo Lopes do Carmo, técnico de Dione D'Agostini.
Em 2001, Zeferina só foi ao exterior para correr a Maratona de Paris e o Mundial de Bristol. Pior: com preparação inadequada, disputou quatro maratonas em quatro meses _Paris, Porto Alegre, Bandeirantes (Campinas) e São Paulo, entre abril e julho.
Normalmente, uma fundista corre uma maratona a cada quatro meses, intercalando duas ou três provas com distâncias menores (de 10 km a meia-maratona).
Nem a fama vinda após a vitória na São Silvestre serviu para Zeferina deixar de disputar provas caça-níquel. No último domingo, só seis dias depois da vitória em São Paulo, ela voltou à rua para disputar a Corrida de Reis, em Cuiabá (MT). Venceu e obteve a melhor marca da história da prova.
Mesmo com novo patrocinador, a Mizuno, a situação de Zeferina não deve se alterar neste ano.
"Não impusemos nada aos nossos atletas. Mas gostaríamos que eles disputassem a Maratona de São Paulo, a Meia-Maratona do Rio, a Volta da Pampulha [em Belo Horizonte] e a São Silvestre", contou Alice Satt, consultora de relações esportivas da Mizuno.
A princípio, o contrato de patrocínio não vincula a possibilidade de a atleta disputar alguma prova importante no exterior.
"Costumamos ter um estande na Maratona de Nova York, mas não fomos em 2001 por causa dos atentados terroristas [em setembro, dois meses antes da corrida]. Pode ser que seja interessante [mandar Maria Zeferina para os EUA], mas nosso interesse é em provas nacionais", disse Satt.
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