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Seleção, agora, vai ao Maracanã, estádio que renegou
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PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo
Demorou sete anos para a seleção brasileira voltar ao Maracanã, palco do próximo jogo das eliminatórias sul-americanas, contra o Equador, quarta-feira. Mas não foi só nesse período que o mais famoso estádio do país ficou em segundo plano na gestão de Ricardo Teixeira na presidência da CBF.
No primeiro ano de seu mandato inicial, em 1989, o time ainda jogou bastante no estádio carioca por causa da Copa América, que já estava agendada antes de ele assumir.
Desde 1990, porém, a seleção atuou no Maracanã em míseras cinco oportunidades. Nesse período, até o Serra Dourada recebeu mais o time --seis vezes.
Em Goiás estão alguns dos maiores aliados políticos de Teixeira, como o senador Marconi Perillo (PSDB). Comparado com algumas cidades do exterior, o Maracanã perde de goleada na era Teixeira. Na gestão do cartola, a americana Los Angeles, por exemplo, recebeu o Brasil 12 vezes. Londres, outras oito.
O presidente da CBF nunca escondeu sua implicância com o estádio. Chegou a defender sua demolição. Publicamente mudou de idéia, mas ainda acha que a reforma mais recente, que custou quase R$ 200 milhões, não é suficiente para deixá-lo em condições de abrigar o Mundial de 2014.
Contra o Equador, o último jogo da seleção em casa antes da escolha do Brasil como sede da Copa-2014, a CBF faz um trabalho especial para evitar problemas. A entidade tem funcionários trabalhando junto com as autoridades no esquema de segurança.
Há uma preocupação extra na confecção de credenciais para a imprensa, já que os pedidos foram quatro vezes maiores do que a capacidade do estádio para os profissionais.
Só não vai poder fazer nada com o gramado, que já foi alvo de críticas da comissão técnica --o auxiliar Jorginho disse que nunca o viu "tão ruim".
Sintoma do pouco uso do estádio pela CBF, o único jogador do grupo atual que jogou pela seleção no Maracanã foi Ronaldinho.
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