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31/10/2007 - 10h40

Olímpicos não temem perda de patrocínios devido à Copa

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EDGARD ALVES
da Folha de S.Paulo

A repercussão da conquista da sede da Copa-2014 entre os dirigentes das confederações olímpicas do Brasil obedeceu ao mesmo diapasão, como se fosse uma orquestra ensaiada.

Os dirigentes ouvidos disseram que a Copa é uma boa notícia para o esporte nacional e que a promoção de 2014 não deverá provocar conflito de patrocinadores nem prejudicar a candidatura do Rio de Janeiro para sede da Olimpíada-2016.

O presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Jorge Lacerda da Rosa, arranhou levemente essa linha de palpites. Ele alinhou possíveis efeitos da organização da Copa com ocorrências observadas no Pan.

"No primeiro semestre, todo investimento foi direcionado para a organização do Pan. Ficamos sem patrocínio para nossos eventos. Ano passado, realizamos 26 eventos e a meta este ano seria de mais de 35. No primeiro semestre [quando as obras do Pan estavam na reta final], fizemos apenas três; no segundo, 25", afirmou.

Manoel Luiz Oliveira presidente da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol), que até abril de 2009 conta com patrocínio de R$ 2,8 milhões/ano da Petrobras, disse é a favor da Copa no Brasil, evento que deverá trazer negócios.

"O risco é que como país de monocultura esportiva, esse quadro pode se agravar. A cada dia, as fotos dos nossos atletas [do handebol] ficam menores, reduzindo a visibilidade do patrocinador", declarou Oliveira.

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro), que viveu recentemente a experiência do Pan, nos quais foram gastos R$ 3,7 bilhões, lidera a onda de otimismo com a Copa-2014.

"Demonstra a importância do país no cenário esportivo mundial e evidencia a confiança da Fifa no poder de organização e realização do Brasil", afirmou em nota oficial o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, de Hong Kong.

"Vai melhorar a infra-estrutura. Benefícios fiscais devem ser criados, como no Pan", falou Roberto Gesta de Mello, presidente da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), com patrocínio da Caixa Econômica Federal. E acrescenta: "Espero que os estádios contemplem pistas de atletismo, como nas últimas Copas."

Com orçamento anual de R$ 11 milhões e respaldo da Eletrobras, Gerasime "Grego" Bozikis, presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), avalia ser a Copa importante para o mundo esportivo.

Coaracy Nunes, da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), sob patrocínio dos Correios, vê a Copa com otimismo, mas avalia que a influência do Pan vai ser maior na escolha da sede olímpica.

"Os dirigentes que votam para a Olimpíada estiveram no Pan do Rio. E viram uma competição perfeita, organizada."

Paulo Wanderley, presidente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), acompanha o tom. "Ótimo. O futebol tem nicho próprio, é independente."

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