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02/11/2007 - 09h00

Brasil estréia na Copa do Mundo de vôlei para recuperar auto-estima

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MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo

A competição vale três vagas na Olimpíada. Uma medalha de bronze na Copa do Mundo, que começa hoje, é suficiente para colocar o Brasil em Pequim.

Mas, apesar de assegurar a classificação, o terceiro posto pode não ser suficiente para deixar satisfeita a seleção feminina de vôlei. Além de dar o primeiro passo rumo aos Jogos do ano que vem, a equipe quer usar o torneio no Japão para coroar o resgate de sua auto-estima com a medalha de ouro.

A estréia acontecerá às 8h35 (de Brasília), contra a Polônia, em Hamamatsu.

"O grupo está fortalecido cada vez mais, após as dificuldades que passamos neste ano. Esperamos um ótimo resultado", afirma Paula Pequeno.

O sinal de alerta foi ligado depois dos Jogos Pan-Americanos, no Rio. A derrota para Cuba na final, novamente no tie-break, demonstrações de falta de entrosamento no elenco e o baque com o doping de Jaqueline fizeram Zé Roberto agir.

O treinador resgatou o trabalho com a psicóloga Regina Brandão e iniciou uma série de atividades motivacionais.

Em uma delas, chegou a levar um adestrador de cavalos para dar palestra às jogadoras em Saquarema (RJ).

Zé Roberto teve até de fazer as vezes de "psicólogo". Por conta de problemas pessoais de Regina, foi o treinador quem aplicou questionários para tentar obter alguns diagnósticos sobre o ambiente da equipe e a situação de suas atletas.

"Conseguimos resgatar valores importantes de respeito e confiança", acredita ele.

Além de recuperar a tranqüilidade do grupo, Zé Roberto também quer tentar espantar uma marca que começa a atormentar as jogadoras.

Em declarações depois do Pan do Rio, várias atletas da equipe mostraram desconforto com o fato de o time ser lembrado pelas derrotas após o desperdício de match-points.

Também disseram que tinham de ser mais cuidadosas para fechar os sets.

"É necessário ter cuidado para que isso não se transforme em um estresse pós-traumático, que crie crenças limitantes. Falhas e derrotas vão existir, e elas têm de ser encaradas como parte do jogo. Se não, esses momentos podem atrapalhar, lembranças voltarem em momentos cruciais", diz Regina.

Após o quarto lugar na Olimpíada de Atenas, em 2004, Zé Roberto promoveu uma pequena reformulação na equipe. Com a nova geração, o time se manteve no topo do pódio de todas as competições que disputou até o Mundial de 2006.

Naquela competição, caiu na final, no tie-break, após desperdiçar chances de fechar a partida, como havia acontecido na semifinal na Grécia.

Neste ano, o time tropeçou da mesma forma na decisão do Pan e, com algumas novatas, fez sua pior campanha no Grand Prix sob o comando de Zé Roberto --quinto lugar.

"Os resultados não foram o que todos esperavam, mas fizemos experiências importantes para o grupo, testamos mais algumas jogadoras. Não podemos esquecer o que esse grupo já fez", declara o treinador.

Para chegar até a Olimpíada na China, as brasileiras terão de terminar entre as três primeiras da Copa do Mundo.

O campeonato será disputado por pontos corridos e termina no dia 16. A seleção terá agora 11 jogos para mostrar que retomou seu rumo.

NA TV - Brasil x Polônia, Sportv, ao vivo, às 8h35

 

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