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Longe da seleção brasileira, Dunga gosta de ler para relaxar
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SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, em Teresópolis (RJ)
Fora da seleção, o técnico Dunga gosta de ler para relaxar. Quando está de folga em Porto Alegre, o treinador contou que prefere passar o tempo livre lendo biografias de personalidades.
"Gosto muito de conhecer como é a vida de pessoas marcantes. Saber de suas dificuldades, das superações", disse Dunga.
A última obra lida pelo treinador foi a biografia de João Havelange, ex-presidente da Fifa, lançada neste ano. Escrita por Ernesto Rodrigues, "Jogo Duro" conta sua trajetória de 24 anos à frente da entidade.
"Adoro biografias. Gosto muito de livros que têm a pessoa narrando toda a sua história em detalhes. Só não gosto quando o autor fica dando muito a sua opinião sobre a vida do biografado. Quando os livros começam a ficar assim, deixo pra lá e paro de lê-lo", disse Dunga, que também é fã dos livros de Phil Jackson. O norte-americano foi jogador de basquete e atualmente é treinador dos Los Angeles Lakers.
Jackson fez fama como técnico do Chicago Bulls nos anos 90. Na época, ele comandou Michael Jordan, o maior astro da NBA. "Cestas Sagradas - Lições Espirituais de um Guerreiro das Quadras", em que Jackson narra ao jornalista Hugh Delehanty sua carreira, é um dos livros preferidos de Dunga.
"Ele trabalhou com as estrelas do Chicago Bulls e passa a experiência de como é trabalhar num grupo tão qualificado", disse o técnico da seleção, que também tem que administrar os egos dos famosos brasileiros.
Além de livros, o técnico disse que também relaxa nas folgas "contando piadas e tomando chimarrão com os amigos no Sul".
Em Teresópolis, Dunga fez um balanço da sua experiência de quase um ano e meio no cargo. Para ele, o ponto positivo da sua gestão foi "a coragem de tomar decisões e pensar no coletivo".
"Já o meu maior defeito foi pensar com transparência. Aqui não tem vantagem pessoal. Sou muito franco. Se fosse, talvez, mais politicamente correto e cínico, seria melhor", disse Dunga, que foi contratado para substituir Carlos Alberto Parreira após o fracasso do time na Copa 2006. Dunga não convocou uma série de medalhões, como Ronaldo, Emerson e Roberto Carlos.
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