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21/02/2002
-
18h23
da Folha de S.Paulo
No primeiro esporte coletivo do Brasil a participar de uma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, a equipe nacional de bobsled compete amanhã em Salt Lake City, nos EUA, e já larga em desvantagem ante os outros competidores.
Enquanto alguns países usam tecnologia de ponta e contam com a ajuda de montadoras de automóveis para desenvolver seus trenós, a equipe brasileira ainda precisa alugar as lâminas de seu trenó para poder competir.
Não por acaso, o esporte é conhecido como a F-1 do gelo. Cada vez mais as montadoras investem em suas equipes nacionais.
"O bobsled é como a F-1. Além da tecnologia envolvida, as montadoras estão investindo, e a velocidade é muito alta", diz Eric Maleson, piloto da equipe brasileira.
A seleção alemã, por exemplo, usa os túneis de vento da BMW para aperfeiçoar a aerodinâmica de seus trenós. A Renault ajuda os franceses, a Mitsubishi, os japoneses, e a Audi, os suíços.
Os anfitriões norte-americanos usam a tecnologia da Nascar, a stock car do EUA, em seus trenós.
"Para ter idéia, Alemanha, Suíça, EUA e França estão muito à frente dos outros. Eles são as Ferraris do bobsled", diz Maleson.
"Nós, que saímos de um Minardi [competiam com trenó usado emprestado até o ano passado], somos hoje uma Toyota, pois estamos estreando nos Jogos e ainda temos muito a evoluir."
Se comparados os valores investidos no esporte, o "abismo" entre alguns países fica ainda maior. Enquanto alemães e americanos têm orçamento de cerca de R$ 3 milhões, a equipe brasileira conseguiu R$ 200 mil para competir nos Jogos de Salt Lake.
"Meu projeto é fazer como o Emerson (Fittipaldi) fez com a Copersucar. Quero montar um time nacional com todo o equipamento produzido no país", declara Maleson.
"Vou procurar indústrias de metalurgia e montadoras no Brasil que estejam interessadas em construir nosso trenó e desenvolver nossas lâminas."
Com exceção de Maleson, o time brasileiro, que tem ainda Edson Bindilatti, Cristiano Paes, Matheus Inocêncio e o reserva Rodrigo Palladino, vem do atletismo.
Isso porque como a largada é fundamental no bobsled, os atletas precisam de explosão para garantir uma boa saída _nos primeiros 50 m da pista de gelo, são eles que empurram o trenó, para mais tarde entrar no cockpit.
Durante a descida, apenas o piloto permanece com a cabeça levantada. Os outros três atletas precisam ficar com ela abaixada para melhorar a aerodinâmica.
A competição de bobsled acontece amanhã, às 19h30 (de Brasília), e sábado. Cada equipe _são 34_ faz duas descidas por dia, e o resultado é obtido através da soma do tempo das quatro baterias. Vence quem fizer o menor tempo.
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Brasileiros enfrentam "Ferraris" do bobsled
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No primeiro esporte coletivo do Brasil a participar de uma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, a equipe nacional de bobsled compete amanhã em Salt Lake City, nos EUA, e já larga em desvantagem ante os outros competidores.
Enquanto alguns países usam tecnologia de ponta e contam com a ajuda de montadoras de automóveis para desenvolver seus trenós, a equipe brasileira ainda precisa alugar as lâminas de seu trenó para poder competir.
Não por acaso, o esporte é conhecido como a F-1 do gelo. Cada vez mais as montadoras investem em suas equipes nacionais.
"O bobsled é como a F-1. Além da tecnologia envolvida, as montadoras estão investindo, e a velocidade é muito alta", diz Eric Maleson, piloto da equipe brasileira.
A seleção alemã, por exemplo, usa os túneis de vento da BMW para aperfeiçoar a aerodinâmica de seus trenós. A Renault ajuda os franceses, a Mitsubishi, os japoneses, e a Audi, os suíços.
Os anfitriões norte-americanos usam a tecnologia da Nascar, a stock car do EUA, em seus trenós.
"Para ter idéia, Alemanha, Suíça, EUA e França estão muito à frente dos outros. Eles são as Ferraris do bobsled", diz Maleson.
"Nós, que saímos de um Minardi [competiam com trenó usado emprestado até o ano passado], somos hoje uma Toyota, pois estamos estreando nos Jogos e ainda temos muito a evoluir."
Se comparados os valores investidos no esporte, o "abismo" entre alguns países fica ainda maior. Enquanto alemães e americanos têm orçamento de cerca de R$ 3 milhões, a equipe brasileira conseguiu R$ 200 mil para competir nos Jogos de Salt Lake.
"Meu projeto é fazer como o Emerson (Fittipaldi) fez com a Copersucar. Quero montar um time nacional com todo o equipamento produzido no país", declara Maleson.
"Vou procurar indústrias de metalurgia e montadoras no Brasil que estejam interessadas em construir nosso trenó e desenvolver nossas lâminas."
Com exceção de Maleson, o time brasileiro, que tem ainda Edson Bindilatti, Cristiano Paes, Matheus Inocêncio e o reserva Rodrigo Palladino, vem do atletismo.
Isso porque como a largada é fundamental no bobsled, os atletas precisam de explosão para garantir uma boa saída _nos primeiros 50 m da pista de gelo, são eles que empurram o trenó, para mais tarde entrar no cockpit.
Durante a descida, apenas o piloto permanece com a cabeça levantada. Os outros três atletas precisam ficar com ela abaixada para melhorar a aerodinâmica.
A competição de bobsled acontece amanhã, às 19h30 (de Brasília), e sábado. Cada equipe _são 34_ faz duas descidas por dia, e o resultado é obtido através da soma do tempo das quatro baterias. Vence quem fizer o menor tempo.
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