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24/02/2002
-
11h48
ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
Sem seu principal garoto-propaganda em cena durante os próximos três meses, alguns dos patrocinadores do tenista Gustavo Kuerten, 25, já lamentam a perda de visibilidade do brasileiro.
Guga anunciou nesta semana que fará, nos próximos dias, uma cirurgia para corrigir lesão no labrum acetabular _fibrocartilagem que recobre a parte anterior da articulação do quadril.
Como precisará de cerca de 90 dias para se recuperar, o brasileiro deverá perder os principais torneios da temporada de saibro _piso em que consegue melhor desempenho_, inclusive o Aberto da França, em maio.
"Sem dúvida teríamos um apelo maior caso ele não tivesse esse problema [a cirurgia]", diz Fernando Mazzarolo, vice-presidente de marketing da Coca-Cola do Brasil, que assinou contrato com Guga no final de 2001 para fazer campanha para o guaraná Kuat.
A empresa de bebidas já havia gravado uma série de comerciais, que devem ser veiculados na TV a partir do final de março.
O objetivo da Coca-Cola era abocanhar uma fatia maior do mercado brasileiro de guaranás, cuja liderança hoje está em poder da Antarctica. A contusão de Guga deve dificultar os planos.
"Nossa estratégia não muda nada com a lesão do Guga. Podemos fazer, mais para frente, alguma alusão a esse período de descanso do tenista. Mas não decidimos isso ainda", afirmou Mazzarolo.
"Foi uma situação que não prevíamos. Lógico que não podemos ser um avestruz e ignorar isso [período em que o tenista ficará longe das quadras]", completou.
O contrato de Guga com a Coca-Cola vai até o final de 2003, mas pode ser renovado automaticamente. "Não vinculamos o contrato de patrocínio ao desempenho nas quadras", diz o executivo.
Um dos mais fortes patrocinadores do atleta, o Banco do Brasil manterá suas campanhas com o atleta -a estatal desembolsa, por ano, cerca de US$ 1 milhão com Gustavo Kuerten, atual número dois do ranking de entradas.
"Contratamos o Guga pela imagem de brasilidade que ele representa. Seu carisma e seu lado família são valores que buscamos relacionar com o banco", conta Paulo de Tarso Veras, gerente-executivo de marketing esportivo e cultural do Banco do Brasil.
Apesar disso, o executivo reconhece que o período de inatividade de Guga limitará a visibilidade do banco. "Roland Garros sem o Guga não será a mesma coisa. Mas temos esperança de que ele possa jogar na França", afirmou.
Para ele, sem os holofotes garantidos pelas boas performances de Guga nos torneios internacionais, o banco se voltará a outros investimentos na modalidade.
"O Guga é o âncora de nosso projeto no tênis. Mas temos outros investimentos. Patrocinamos o circuito juvenil e a equipe brasileira na Copa Davis", disse Veras.
O problema é que mesmo a participação brasileira na Davis ficou prejudicada com a ausência de Kuerten na equipe. O time brasileiro foi derrotado pela República Tcheca, neste mês, e agora disputa a repescagem em setembro _o rival só será definido em maio.
Apesar do revés, a verba do banco com marketing neste ano é superior à desembolsada em 2001. No ano passado, a estatal gastou R$ 17 milhões em campanhas.
"Em 2002, vamos desembolsar R$ 25 milhões em marketing esportivo. Estamos entrando em um segmento novo, que é o esporte paraolímpico. E, além do tênis, temos uma série de patrocínios no vôlei", disse o executivo.
A saída temporária de cena do tenista também prejudicará a Olympikus, mais recente parceira do brasileiro. A empresa deve desembolsar, por um contrato de três anos, cerca de US$ 6 milhões. O valor é US$ 3,5 milhões superior ao que a Diadora, fornecedora anterior do material esportivo do tenista, pagava a Guga.
A empresa não quis comentar o caso. Lacônica, apenas soltou um comunicado oficial em que dizia estar "solidária às decisões do atleta Gustavo Kuerten".
Procurados pela Folha, representantes da Rider, Head e Motorola, outros patrocinadores do tenista, não foram encontrados.
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Patrocinadores de Guga já lamentam perda de visibilidade
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MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
Sem seu principal garoto-propaganda em cena durante os próximos três meses, alguns dos patrocinadores do tenista Gustavo Kuerten, 25, já lamentam a perda de visibilidade do brasileiro.
Guga anunciou nesta semana que fará, nos próximos dias, uma cirurgia para corrigir lesão no labrum acetabular _fibrocartilagem que recobre a parte anterior da articulação do quadril.
Como precisará de cerca de 90 dias para se recuperar, o brasileiro deverá perder os principais torneios da temporada de saibro _piso em que consegue melhor desempenho_, inclusive o Aberto da França, em maio.
"Sem dúvida teríamos um apelo maior caso ele não tivesse esse problema [a cirurgia]", diz Fernando Mazzarolo, vice-presidente de marketing da Coca-Cola do Brasil, que assinou contrato com Guga no final de 2001 para fazer campanha para o guaraná Kuat.
A empresa de bebidas já havia gravado uma série de comerciais, que devem ser veiculados na TV a partir do final de março.
O objetivo da Coca-Cola era abocanhar uma fatia maior do mercado brasileiro de guaranás, cuja liderança hoje está em poder da Antarctica. A contusão de Guga deve dificultar os planos.
"Nossa estratégia não muda nada com a lesão do Guga. Podemos fazer, mais para frente, alguma alusão a esse período de descanso do tenista. Mas não decidimos isso ainda", afirmou Mazzarolo.
"Foi uma situação que não prevíamos. Lógico que não podemos ser um avestruz e ignorar isso [período em que o tenista ficará longe das quadras]", completou.
O contrato de Guga com a Coca-Cola vai até o final de 2003, mas pode ser renovado automaticamente. "Não vinculamos o contrato de patrocínio ao desempenho nas quadras", diz o executivo.
Um dos mais fortes patrocinadores do atleta, o Banco do Brasil manterá suas campanhas com o atleta -a estatal desembolsa, por ano, cerca de US$ 1 milhão com Gustavo Kuerten, atual número dois do ranking de entradas.
"Contratamos o Guga pela imagem de brasilidade que ele representa. Seu carisma e seu lado família são valores que buscamos relacionar com o banco", conta Paulo de Tarso Veras, gerente-executivo de marketing esportivo e cultural do Banco do Brasil.
Apesar disso, o executivo reconhece que o período de inatividade de Guga limitará a visibilidade do banco. "Roland Garros sem o Guga não será a mesma coisa. Mas temos esperança de que ele possa jogar na França", afirmou.
Para ele, sem os holofotes garantidos pelas boas performances de Guga nos torneios internacionais, o banco se voltará a outros investimentos na modalidade.
"O Guga é o âncora de nosso projeto no tênis. Mas temos outros investimentos. Patrocinamos o circuito juvenil e a equipe brasileira na Copa Davis", disse Veras.
O problema é que mesmo a participação brasileira na Davis ficou prejudicada com a ausência de Kuerten na equipe. O time brasileiro foi derrotado pela República Tcheca, neste mês, e agora disputa a repescagem em setembro _o rival só será definido em maio.
Apesar do revés, a verba do banco com marketing neste ano é superior à desembolsada em 2001. No ano passado, a estatal gastou R$ 17 milhões em campanhas.
"Em 2002, vamos desembolsar R$ 25 milhões em marketing esportivo. Estamos entrando em um segmento novo, que é o esporte paraolímpico. E, além do tênis, temos uma série de patrocínios no vôlei", disse o executivo.
A saída temporária de cena do tenista também prejudicará a Olympikus, mais recente parceira do brasileiro. A empresa deve desembolsar, por um contrato de três anos, cerca de US$ 6 milhões. O valor é US$ 3,5 milhões superior ao que a Diadora, fornecedora anterior do material esportivo do tenista, pagava a Guga.
A empresa não quis comentar o caso. Lacônica, apenas soltou um comunicado oficial em que dizia estar "solidária às decisões do atleta Gustavo Kuerten".
Procurados pela Folha, representantes da Rider, Head e Motorola, outros patrocinadores do tenista, não foram encontrados.
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