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24/02/2002
-
18h01
da Folha Online
Foi no sufoco, mas mesmo jogando bem apenas no segundo tempo, o Palmeiras venceu o América-RJ por 4 a 3 hoje à tarde, no Parque Antártica, e é o novo líder do Torneio Rio-São Paulo. Confira aqui como foi o jogo.
Pressionado a deixar de jogar apenas pelo lado direito com Arce, o Palmeiras seguiu à risca a cartilha do técnico Wanderley Luxemburgo na etapa inicial e tentou trabalhar mais pela esquerda, com Adalto. O resultado foi pífio: além de criar poucas chances, a equipe perdeu sua principal arma, pois evitou acionar o paraguaio.
Com uma postura nitidamente defensiva, o clube carioca esperou o adversário em seu próprio campo. Isso acabou provocando um festival de chutes de longa distância. Só Itamar tentou quatro vezes, sempre muito fraco ou muito longe do gol.
Não houve coordenação no meio-campo palmeirense. Alex e Fernandes, que deveriam puxar o time para o ataque, erraram passes decisivos e facilitaram o trabalho defensivo dos cariocas. Quando a bola passou pela muralha vermelha, foi a vez de Christian falhar: em duas oportunidades, à frente do goleiro Marcelo Leite, ele demorou demais para bater e foi travado pelos zagueiros.
A paciência da torcida foi se esgotando quando o América começou a sair mais para o jogo _ e complicou as coisas para o time da casa. Tanto que Arce, aos 36min, quase coloca para dentro do próprio gol um chute torto de Ayupe. Depois, Piá teve liberdade para tentar o chute duas vezes, as duas para fora.
Sem criatividade, o Palmeiras apenas assistiu ao final da etapa inicial sem proporcionar perigo para os cariocas. A torcida não perdeu a chance de vaiar o time e criticar o técnico Wanderley Luxemburgo. O fantasma da desclassificação contra o ASA estava de volta ao Parque Antarctica.
O alviverde voltou com duas alterações no segundo tempo. Luxemburgo tirou o volante Galeano e meia Fernandes para colocar Muñoz e Juliano. E o colombiano entreou com vontade: aos 8min, chutou da entrada da área e acertou o travessão do América.
De forma geral, a inoperância palmeirense prosseguiu, com a diferença de que Arce chegou até mesmo a correr pelo lado esquerdo para voltar a participar constantemente da partida. O paraguaio só conseguiu ser mais útil nas bolas paradas. Ele cobrou duas faltas que deram trabalho a Marcelo Leite.
Aos 16min, Jackson arriscou de longa distância, Marcos saltou atrasado e o que ninguém esperava aconteceu: gol do América. A torcida aplaudiu o gol e passou a chamar Luxemburgo de "burro". Imediatamente, o treinador tirou Alex para colocar Juninho.
Juninho deu mais mobilidade ao ataque do Palmeiras, mas a virada só chegou da forma como a torcida já está acostumada: dos pés de Arce. Aos 22min, ele bateu escanteio que Christian desviou de cabeça. Irritado com a reação da torcida, o atacante nem comemorou.
Dois minutos depois Arce cruzou e Muñoz teve até que se abaixar para desviar a bola, também de cabeça, e marcar o segundo gol palmeirense.
O alívio no Parque Antarctica durou pouco: aos 29min, o árbitro cometeu um erro quando Adalto tirou com o braço um cruzamento, dentro da área. O juiz deu falta fora da área, mas o gol saiu assim mesmo: no levantamento, Marcos só ficou olhando e Tinho empatou de cabeça, sem marcação.
Antes que a torcida ficasse desesperada, Itamar foi derrubado na área e aí sim o juiz marcou pênalti. Na cobrança, uma obviedade: Arce. Ele chutou sem chances para Marcelo Leite e pôs o alviverde na frente outra vez. A partir daí ficou bem mais fácil: desanimado, o América desistiu de atacar. E ainda sofreu o quarto gol num bom chute de Juninho, que de longe conseguiu superar Marcelo Leite
No final da partida, Ratinho fez boa jogada pelo lado direito e Gil Bala se antecipou a Marcos, marcando o terceiro dos cariocas, Num único jogo, o América marcou mais gols do que tinha feito em todo o Rio-São Paulo (dois até a partida de hoje).
PALMEIRAS
Marcos; Arce, Alexandre, César e Adalto; Fernando, Galeano (Muñoz), Fernandes (Juliano) e Alex (Juninho); Christian e Itamar. Técnico: Wanderley Luxemburgo
AMÉRICA-RJ
Marcelo Leite; Ayupe, Jackson, Tinho e Cássio; Ricardo Mendes (Ratinho), Nelson, Piá e Fagner; Róbson e Boiadeiro. Técnico: Renato Carioca
Gols: Jackson aos 16min, Christian aos 22min, Muñoz aos 24min, Tinho aos 29min, Arce (pênalti) aos 33min, Juninho aos 41min e Gil Bala aos 48min do segundo tempo
Juiz: Sergio S. Carvalho (DF)
Cartões amarelos: Arce, Jackson, Fagner e Ayupe
Local: Parque Antarctica, hoje à tarde
Leia mais sobre os torneios regionais:
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No sufoco, Palmeiras ganha e vira líder do Rio-São Paulo
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Foi no sufoco, mas mesmo jogando bem apenas no segundo tempo, o Palmeiras venceu o América-RJ por 4 a 3 hoje à tarde, no Parque Antártica, e é o novo líder do Torneio Rio-São Paulo. Confira aqui como foi o jogo.
Pressionado a deixar de jogar apenas pelo lado direito com Arce, o Palmeiras seguiu à risca a cartilha do técnico Wanderley Luxemburgo na etapa inicial e tentou trabalhar mais pela esquerda, com Adalto. O resultado foi pífio: além de criar poucas chances, a equipe perdeu sua principal arma, pois evitou acionar o paraguaio.
Com uma postura nitidamente defensiva, o clube carioca esperou o adversário em seu próprio campo. Isso acabou provocando um festival de chutes de longa distância. Só Itamar tentou quatro vezes, sempre muito fraco ou muito longe do gol.
Não houve coordenação no meio-campo palmeirense. Alex e Fernandes, que deveriam puxar o time para o ataque, erraram passes decisivos e facilitaram o trabalho defensivo dos cariocas. Quando a bola passou pela muralha vermelha, foi a vez de Christian falhar: em duas oportunidades, à frente do goleiro Marcelo Leite, ele demorou demais para bater e foi travado pelos zagueiros.
A paciência da torcida foi se esgotando quando o América começou a sair mais para o jogo _ e complicou as coisas para o time da casa. Tanto que Arce, aos 36min, quase coloca para dentro do próprio gol um chute torto de Ayupe. Depois, Piá teve liberdade para tentar o chute duas vezes, as duas para fora.
Sem criatividade, o Palmeiras apenas assistiu ao final da etapa inicial sem proporcionar perigo para os cariocas. A torcida não perdeu a chance de vaiar o time e criticar o técnico Wanderley Luxemburgo. O fantasma da desclassificação contra o ASA estava de volta ao Parque Antarctica.
O alviverde voltou com duas alterações no segundo tempo. Luxemburgo tirou o volante Galeano e meia Fernandes para colocar Muñoz e Juliano. E o colombiano entreou com vontade: aos 8min, chutou da entrada da área e acertou o travessão do América.
De forma geral, a inoperância palmeirense prosseguiu, com a diferença de que Arce chegou até mesmo a correr pelo lado esquerdo para voltar a participar constantemente da partida. O paraguaio só conseguiu ser mais útil nas bolas paradas. Ele cobrou duas faltas que deram trabalho a Marcelo Leite.
Aos 16min, Jackson arriscou de longa distância, Marcos saltou atrasado e o que ninguém esperava aconteceu: gol do América. A torcida aplaudiu o gol e passou a chamar Luxemburgo de "burro". Imediatamente, o treinador tirou Alex para colocar Juninho.
Juninho deu mais mobilidade ao ataque do Palmeiras, mas a virada só chegou da forma como a torcida já está acostumada: dos pés de Arce. Aos 22min, ele bateu escanteio que Christian desviou de cabeça. Irritado com a reação da torcida, o atacante nem comemorou.
Dois minutos depois Arce cruzou e Muñoz teve até que se abaixar para desviar a bola, também de cabeça, e marcar o segundo gol palmeirense.
O alívio no Parque Antarctica durou pouco: aos 29min, o árbitro cometeu um erro quando Adalto tirou com o braço um cruzamento, dentro da área. O juiz deu falta fora da área, mas o gol saiu assim mesmo: no levantamento, Marcos só ficou olhando e Tinho empatou de cabeça, sem marcação.
Antes que a torcida ficasse desesperada, Itamar foi derrubado na área e aí sim o juiz marcou pênalti. Na cobrança, uma obviedade: Arce. Ele chutou sem chances para Marcelo Leite e pôs o alviverde na frente outra vez. A partir daí ficou bem mais fácil: desanimado, o América desistiu de atacar. E ainda sofreu o quarto gol num bom chute de Juninho, que de longe conseguiu superar Marcelo Leite
No final da partida, Ratinho fez boa jogada pelo lado direito e Gil Bala se antecipou a Marcos, marcando o terceiro dos cariocas, Num único jogo, o América marcou mais gols do que tinha feito em todo o Rio-São Paulo (dois até a partida de hoje).
PALMEIRAS
Marcos; Arce, Alexandre, César e Adalto; Fernando, Galeano (Muñoz), Fernandes (Juliano) e Alex (Juninho); Christian e Itamar. Técnico: Wanderley Luxemburgo
AMÉRICA-RJ
Marcelo Leite; Ayupe, Jackson, Tinho e Cássio; Ricardo Mendes (Ratinho), Nelson, Piá e Fagner; Róbson e Boiadeiro. Técnico: Renato Carioca
Gols: Jackson aos 16min, Christian aos 22min, Muñoz aos 24min, Tinho aos 29min, Arce (pênalti) aos 33min, Juninho aos 41min e Gil Bala aos 48min do segundo tempo
Juiz: Sergio S. Carvalho (DF)
Cartões amarelos: Arce, Jackson, Fagner e Ayupe
Local: Parque Antarctica, hoje à tarde
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