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24/02/2002
-
18h57
da Folha de S.Paulo
Os Jogos de Inverno de Salt Lake City, que começaram sob o estigma de um dos maiores escândalos de corrupção da história olímpica, foram encerrados hoje sob nova polêmica: a divulgação do antidoping positivo do espanhol Johann Muehlegg, 31, que conquistou três ouros nos EUA.
Ganhador de todas as medalhas espanholas em Salt Lake, Mueh-legg foi pego em um controle surpresa efetuado na quinta-feira.
O esquiador teve exame positivo para a darbepoetina, substância de efeito similar à EPO (eritropoietina), que melhora a oxigenação no sangue. Antes, já havia passado por dois controles, que não acusaram doping.
"Não sei o motivo pelo qual tive que passar por tantos exames. Por acaso há algum problema nos laboratórios?", reclamou o atleta.
A análise da amostra B da urina de Muehlegg será feita amanhã. Após o resultado, o COI (Comitê Olímpico Internacional) deve pronunciar-se. Caso o doping seja confirmado, o atleta pode pegar dois anos de suspensão.
As glórias de Muehlegg em Salt Lake começaram na prova de 30 km livres do esqui, em que impôs uma inusitada vantagem de dois minutos sobre o austríaco Christian Hoffmann, segundo lugar. Seu segundo ouro veio na prova de perseguição em que superou os noruegueses Thomas Alsgaard e Frode Estil. Para coroar sua participação olímpica, ontem, venceu os 50 km de esqui.
Muehlegg ficou sabendo do doping na noite de ontem, durante festa em sua homenagem promovida pelo Comitê Olímpico Espanhol. Compareceu, em seguida, à Comissão Disciplinar do COI para prestar depoimento.
Ele foi ouvido por uma comissão na qual participaram Thomas Bach, vice-presidente do COI, e Benjamín Fernández, médico da equipe espanhola, entre outros. O caso coroou uma edição olímpica cercada de polêmicas.
Insatisfeita com a prata para Irina Slutskaya na patinação artística e a eliminação de Larissa Lazutina na prova de cross country, a Rússia ameaçou abandonar os Jogos de Inverno. Mas voltou atrás.
A Coréia do Sul também protestou contra a desclassificação de Kim Dong-sung nos 1.500 m da prova de patins de velocidade.
O caso mais rumoroso, porém, foi na prova de patinação artística de duplas. Yelena Berezhnaya e Anton Sikharulidze (Rússia) ficaram com o ouro, superando Jamie Salé e David Pelletier (Canadá).
Um dia depois, porém, a juíza Marie-Reine Le Gougne confessou que votara em favor dos russos por pressão da federação francesa. O ouro acabou sendo dividido entre as duas duplas.
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Escândalo de doping fecha os Jogos Olímpicos de Inverno
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Os Jogos de Inverno de Salt Lake City, que começaram sob o estigma de um dos maiores escândalos de corrupção da história olímpica, foram encerrados hoje sob nova polêmica: a divulgação do antidoping positivo do espanhol Johann Muehlegg, 31, que conquistou três ouros nos EUA.
Ganhador de todas as medalhas espanholas em Salt Lake, Mueh-legg foi pego em um controle surpresa efetuado na quinta-feira.
O esquiador teve exame positivo para a darbepoetina, substância de efeito similar à EPO (eritropoietina), que melhora a oxigenação no sangue. Antes, já havia passado por dois controles, que não acusaram doping.
"Não sei o motivo pelo qual tive que passar por tantos exames. Por acaso há algum problema nos laboratórios?", reclamou o atleta.
A análise da amostra B da urina de Muehlegg será feita amanhã. Após o resultado, o COI (Comitê Olímpico Internacional) deve pronunciar-se. Caso o doping seja confirmado, o atleta pode pegar dois anos de suspensão.
As glórias de Muehlegg em Salt Lake começaram na prova de 30 km livres do esqui, em que impôs uma inusitada vantagem de dois minutos sobre o austríaco Christian Hoffmann, segundo lugar. Seu segundo ouro veio na prova de perseguição em que superou os noruegueses Thomas Alsgaard e Frode Estil. Para coroar sua participação olímpica, ontem, venceu os 50 km de esqui.
Muehlegg ficou sabendo do doping na noite de ontem, durante festa em sua homenagem promovida pelo Comitê Olímpico Espanhol. Compareceu, em seguida, à Comissão Disciplinar do COI para prestar depoimento.
Ele foi ouvido por uma comissão na qual participaram Thomas Bach, vice-presidente do COI, e Benjamín Fernández, médico da equipe espanhola, entre outros. O caso coroou uma edição olímpica cercada de polêmicas.
Insatisfeita com a prata para Irina Slutskaya na patinação artística e a eliminação de Larissa Lazutina na prova de cross country, a Rússia ameaçou abandonar os Jogos de Inverno. Mas voltou atrás.
A Coréia do Sul também protestou contra a desclassificação de Kim Dong-sung nos 1.500 m da prova de patins de velocidade.
O caso mais rumoroso, porém, foi na prova de patinação artística de duplas. Yelena Berezhnaya e Anton Sikharulidze (Rússia) ficaram com o ouro, superando Jamie Salé e David Pelletier (Canadá).
Um dia depois, porém, a juíza Marie-Reine Le Gougne confessou que votara em favor dos russos por pressão da federação francesa. O ouro acabou sendo dividido entre as duas duplas.
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