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25/02/2002
-
18h11
da Folha Online
O banimento do alemão naturalizado espanhol Johann Muehlegg e das russas Larissa Lazutina e Olga Danilova, pegos no antidoping dos Jogos de Inverno de Salt Lake City, começou a despertar reações dos dirigentes de ambos os países.
Os esquiadores deram positivo para a darbepoetina, droga nova, de efeito similar à EPO (eritropoietina), que aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos, melhorando a oxigenação do sangue.
Segundo Nikolai Durmanov, diretor da Comissão Antidoping do COR (Comitê Olímpico Russo), os exames que detectaram a droga "estão em fase de ensaio".
"Os Jogos de Inverno não devem servir para fazer experiências", criticou Durmanov, reclamando da destituição das medalhas de ouro de Muehlegg, nos 50 km, e de Lazutina, nos 30 km.
O dirigente afirmou que o COR estudará a possibilidade de impugnar a decisão e recorrerá ao Tribunal de Arbitragem do Esporte. Para ele, o método para detectar a darbepoetina, substância que apareceu no mercado no ano passado, foi descoberto há pouco tempo e ainda não estaria devidamente homologado pelos organismos internacionais.
A punição a Muehlegg também causou forte reação na Espanha. José Maria Aznar, primeiro-ministro espanhol, ligou para secretário de Estado para o Esporte do país, Javier Gómez Angulo, pedindo que auxilie Muehlegg.
Fã de esportes de inverno, Aznar felicitara o esquiador, em um telegrama, pelas medalhas conseguidas _além dos 50 km, Muehlegg venceu os 30 km livre e a prova de perseguição. Os dois ouros, conquistados antes do exame positivo, não foram destituídos.
Alfredo Goyeneche, presidente do COE (Comitê Olímpico Espanhol) reclamou da severidade da punição estabelecida pelo COI.
"Parece-me absurdo que Muehlegg tenha passado por dois controles e não pelo terceiro", disse.
O dirigente lançou uma hipótese para o resultado do antidoping: "Muehlegg sentia-se muito cansado depois das primeiras competições. Talvez tenha tomado algo para preparar-se para a corrida dos 50 km", opinou Goyeneche.
As reclamações espanholas são acompanhadas pelas russas. Durmanov já parecia ter um presságio de que algo errado aconteceria com atletas do país desde antes de a delegação chegar a Salt Lake.
"Alguém está buscando um escândalo russo de doping. Nossos atletas não podem ser convertidos em vítimas de uma caça às bruxas", reclamou ele, ainda antes da viagem da delegação aos EUA.
"Alguns de nossos atletas já passaram por seis ou sete exames neste ano, sem acusar nenhum indício de doping", completou.
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Espanha também protesta contra medalha cassada em Salt Lake
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O banimento do alemão naturalizado espanhol Johann Muehlegg e das russas Larissa Lazutina e Olga Danilova, pegos no antidoping dos Jogos de Inverno de Salt Lake City, começou a despertar reações dos dirigentes de ambos os países.
Os esquiadores deram positivo para a darbepoetina, droga nova, de efeito similar à EPO (eritropoietina), que aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos, melhorando a oxigenação do sangue.
Segundo Nikolai Durmanov, diretor da Comissão Antidoping do COR (Comitê Olímpico Russo), os exames que detectaram a droga "estão em fase de ensaio".
"Os Jogos de Inverno não devem servir para fazer experiências", criticou Durmanov, reclamando da destituição das medalhas de ouro de Muehlegg, nos 50 km, e de Lazutina, nos 30 km.
O dirigente afirmou que o COR estudará a possibilidade de impugnar a decisão e recorrerá ao Tribunal de Arbitragem do Esporte. Para ele, o método para detectar a darbepoetina, substância que apareceu no mercado no ano passado, foi descoberto há pouco tempo e ainda não estaria devidamente homologado pelos organismos internacionais.
A punição a Muehlegg também causou forte reação na Espanha. José Maria Aznar, primeiro-ministro espanhol, ligou para secretário de Estado para o Esporte do país, Javier Gómez Angulo, pedindo que auxilie Muehlegg.
Fã de esportes de inverno, Aznar felicitara o esquiador, em um telegrama, pelas medalhas conseguidas _além dos 50 km, Muehlegg venceu os 30 km livre e a prova de perseguição. Os dois ouros, conquistados antes do exame positivo, não foram destituídos.
Alfredo Goyeneche, presidente do COE (Comitê Olímpico Espanhol) reclamou da severidade da punição estabelecida pelo COI.
"Parece-me absurdo que Muehlegg tenha passado por dois controles e não pelo terceiro", disse.
O dirigente lançou uma hipótese para o resultado do antidoping: "Muehlegg sentia-se muito cansado depois das primeiras competições. Talvez tenha tomado algo para preparar-se para a corrida dos 50 km", opinou Goyeneche.
As reclamações espanholas são acompanhadas pelas russas. Durmanov já parecia ter um presságio de que algo errado aconteceria com atletas do país desde antes de a delegação chegar a Salt Lake.
"Alguém está buscando um escândalo russo de doping. Nossos atletas não podem ser convertidos em vítimas de uma caça às bruxas", reclamou ele, ainda antes da viagem da delegação aos EUA.
"Alguns de nossos atletas já passaram por seis ou sete exames neste ano, sem acusar nenhum indício de doping", completou.
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