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11/12/2007 - 09h46

Em cenário inseguro, Stock Car busca mudanças

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FÁBIO GRIJÓ
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo

A Stock Car reduzirá seu número de pilotos no próximo ano. O inchaço no grid é visto como risco à segurança na principal categoria de turismo (carros de produção adaptados para corridas) no país.

Domingo, o paranaense Rafael Sperafico morreu em Interlagos, em São Paulo, após acidente na sexta volta da prova da Stock Car Light.

"O grid máximo terá 34 pilotos [neste ano, eram 38], com possibilidade de reduzir mais", diz Paulo Scaglione, presidente da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).

"Com o desenvolvimento tecnológico [dos carros], a velocidade está maior, e você vê até 30 carros andando no mesmo segundo durante a prova."

Isso aumenta o tráfego na pista e, com o "congestionamento", a segurança, em teoria, fica menor durante as disputas.

A decisão, porém, foi tomada bem antes do acidente, segundo os organizadores da Stock. A categoria ganhou visibilidade nos últimos anos, e o número de patrocinadores e o de carros interessados cresceram muito.

Neste ano, eram 50 carros disputando as 38 vagas do grid. E o regulamento não previa a limitação de inscrições.

Para a Light, acesso à principal categoria da Stock, porém, não deverá haver redução.

Apesar de reconhecer o acidente como "fatalidade", Felipe Giaffone diz que "não se pode parar no tempo e não evoluir na segurança". Sua família é dona da empresa que fabrica os chassis usados na Stock Car. O piloto crê que devam ser estudadas mudanças nos veículos.

Os organizadores da categoria dizem que já tomam cuidados para evitar acidentes. Segundo Inácio Caltabiano, diretor de operações, uma comissão de pilotos sempre vistoria os autódromos antes das provas. "Muitas vezes, pedem mudanças que nós bancamos, já que muitos circuitos são administrados pelo poder público."

Caltabiano relembrou o acidente com Gualter Salles para dizer que os carros da Stock são seguros. Em 2006, na Argentina, ele saiu da pista, capotou e caiu em um fosso de quatro metros. Não sofreu fraturas.

O dirigente criticou problemas na pista de Interlagos, como a barreira de pneus na curva do acidente, que teria "empurrado" Sperafico de volta ao asfalto. Caltabiano, porém, destacou que as condições de outras provas são bem inferiores. "Infelizmente, o acidente aconteceu em uma das pistas mais seguras que temos."

 

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