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15/08/2000 - 23h50

Defesa falha, ataque não sai do jejum, e Chile humilha o Brasil

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da Folha Online

Reuters

Alex divide bola com zaga chilena

Com três falhas da nova dupla de zaga _composta por Antônio Carlos e Edmílson_ e esbarrando, mais uma vez, na falta de pontaria dos "quatro" atacantes _Amoroso, Rivaldo, Luizão e Marques_ , o Brasil conheceu, nesta terça-feira, sua mais vexatória derrota na história das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo _a segunda sob o comando do técnico Wanderley Luxemburgo.

Comandado pela inspirada dupla de ataque Salas-Zamorano, os chilenos venceram a partida por 3 a 0. Salas, Zamorano e Estay marcaram os gols da vitória.

Esta foi a terceira derrota brasileira em eliminatórias para a Copa, e pelo pior placar. A primeira foi para a Bolívia por 2 a 0, com o técnico Carlos Alberto Parreira, durante a seletiva para a Copa de 1994, n aaltitude de La Paz. Este ano, sob o comando de Luxemburgo, além do fracasso desta quarta, o Brasil caiu diante do Paraguai, na quinta rodada, por 2 a 1, em Assumção.

Empurrado pela sua torcida _que lotou o estádio Nacional, em Santiago_, aos gritos de "olé" desde os 25min de jogo, o Chile começou a partida pressionando a seleção brasileira.

Se os brasileiros sofriam com o jejum de gols de seus atacantes, que ainda não marcaram nas eliminatórias, os anfitriões contavam com a velocidade de Marcelo Salas, da Lazio, da Itália. Logo aos 4min, a seleção chilena quase abre o placar. Após jogada pela direita de Salas, Estay cabeceou, a bola desviou em Edmílson e tocou no travessão.

Aos 13min, Roberto Carlos cobrou falta da esquerda e o zagueiro Edmílson, impedido, cabeceou na trave.

A seleção chilena abriu o placar aos 25min. Salas fez mais uma boa jogada individual, dessa vez pela esquerda, e cruzou na área para Estay; o meia ganhou de Antonio Carlos e chutou forte, cruzado, para marcar.

A melhor oportunidade de gol para os brasileiros no primeiro tempo surgiu aos 30min, novamente com Edmílson. Alex cobrou falta pela direita na área, Tapia soltou a bola, Edmílson tocou com o joelho e foi seguro pelas pernas pelo goleiro chileno. O juiz paraguaio Epifanio González marcou falta contra o Brasil e deu cartão amarelo para o zagueiro.

No final da primeira etapa, mais uma vez a defesa brasileira falhou e o Chile fez 2 a 0. Aos 43min, Estay cruzou da esquerda e Antônio Carlos, que estava sozinho com dois atacantes, não cortou a bola. Zamorano, sozinho, dominou na área e chutou forte para marcar.

No segundo tempo, o técnico Wanderley Luxemburgo ousou e voltou com Djalminha no lugar do volante Marcos Assunção, e promoveu a estréia de Luizão na vaga de Amoroso, que teve atuação apagada na primeira etapa.

Com as alterações, o Brasil ganhou volume do jogo no ataque e criatividade com as boas jogadas de Djalminha. Logo aos 6min, o meia cobrou falta na área e Luizão, sozinho, cabeceou errado.

A seleção brasileira continuou pressionando os anfitriões e disperdiçou outra boa oportunidade cinco minutos depois. Djalminha colocou Rivaldo na cara do gol, mas o artilheiro da equipe chutou em cima do goleiro Tápia.

Em seguida, Luxemburgo sacou Alex _destaque na vitória contra a Argentina, no Morumbi_ e colocou Marques para formar dupla de frente com Luizão.

Aos 23min, Rivaldo fez jogada individual pelo meio, a zaga chilena cortou e a bola sobrou para Marques, livre, que bateu para fora.

Cinco minutos depois, no momento em que o Brasil envolvia o Chile e mantinha a posse de bola no ataque, os anfitriões ampliaram o placar em jogada rápida pela direita; Pizarro cruzou na área para Salas, a defesa brasileira ficou parada, e o atacante chileno dominou no peito e fuzilou o Dida.

Desesperado, o Brasil perdeu outra chance no final da partida, aos 42min. Emerson cruzou rasteiro da direita, a defesa chilena bateu cabeça, e a bola sobrou para Marques, novamente sozinho, que chutou por cima.

Com o resultado, o Brasil fica na quarta colocação, com 11 pontos, e o Chile avançou para a quinta posição, com dez. O Paraguai, que também tem dez pontos, enfrenta a Argentina nesta quarta-feira, e ainda pode ultrapassar a seleção brasileira.

O próximo jogo da seleção será no dia 3 de setembro, no estádio do Maracanã, contra a Bolívia.

CHILE
Tapia; Fuentes, Ricardo Rojas, Reyes; Francisco Rojas, Villaseca (Pizarro), Galdames, Estay, Tello; Salas (Villaroel) e Zamorano (Hector Tapia).
Técnico: Nelson Acosta

BRASIL
Dida; Evanílson, Edmílson, Antônio Carlos, Roberto Carlos; Emerson, Marcos Assunção (Djalminha), Ricardinho, Alex (Marques); Rivaldo e Amoroso (Luizão).
Técnico: Wanderley Luxemburgo

Local: estádio Nacional, em Santiago (Chile)
Juiz: Epifanio González (Paraguai)
Cartões amarelos: Pizarro (C); Edmílson, Marcos Assunção e Emerson (B)
Cartão vermelho: Pizarro (C)
Gols: Estay, aos 25min, e Zamorano, aos 44min do primeiro tempo; Salas, aos 29min do segundo tempo

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