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20/03/2002 - 20h15

Chefões do narcotráfico são entusiastas do futebol na Colômbia

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da Folha de S.Paulo

As revelações sobre a ligação futebol-narcotráfico na Colômbia reacenderam uma questão que parecia enfraquecida no país após a morte de Pablo Escobar e a presão dos irmãos Miguel e Gilberto Rodríguez Orejuela.

Maiores chefões dos cartéis de cocaína do país, Escobar e os irmãos Orejuela sempre foram entusiastas do futebol e financiaram clubes e jogadores em troca da paixão e do dinheiro de apostas.

O América de Cali, quatro vezes vice-campeão da Libertadores, era comandado há até poucos anos por Miguel Orejuela, ex-chefe do Cartel de Cali que está preso ao lado do irmão. Os Rodríguez Orejuela chegaram até a receber uma homenagem do atacante da seleção colombiana Anthony de Ávila. Em julho de 97, ele dedicou um gol marcado contra o Equador aos irmãos narcotraficantes.

Antes, em 94, o zagueiro Andres Escobar, que havia defendido a Colômbia na Copa dos EUA, foi assassinado com 12 tiros em Medellín por ter marcado um gol contra no Mundial _ que resultou na derrota de 2 a 1 e a eliminação de seu time.

Presume-se que seu assassino, Humberto Muñoz, que cumpre pena de 43 anos de prisão, era à época um apostador ligado aos narcotraficantes e perdera dinheiro com a eliminação do país.

Em 1989, um bandeirinha foi assassinado depois de anular um gol em um jogo entre times de Cali e Medellín. O goleiro René Higuita teve que ser cortado da seleção de 1994, depois de condenado à prisão, em 1993, por intermediar o pedido de resgate de um sequestro para o cartel das drogas.

A Copa América-2001 esteve ameaçada pelo narcotráfico e pelo terrorismo. Dois meses antes de seu início, um carro-bomba explodiu num prédio em Cali. Uma das hipóteses ligava o atentado à disputa entre os clãs Pacho e Varela, que controlam o narcotráfico.

 

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