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27/03/2002 - 23h36

Scolari "atira" no escuro e vence queda-de-braço com Romário

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da Folha Online

Sem brilho e sem apoio. Assim, a seleção brasileira se despediu hoje do país, rumo à Copa. Daqui para a frente, restarão apenas mais três amistosos, todos eles fora das fronteiras nacionais, que pouco devem modificar a equipe e a cabeça de Luiz Felipe Scolari.

A torcida cearense fez coros de "burro" para o técnico e de "olé" para a Iugoslávia e clamou pela convocação de Romário. Clique aqui para ler o lance a lance do triunfo brasileiro por 1 a 0.

Mas o grande vencedor do jogo foi o treinador gaúcho. Apostou nos inativos Ronaldo e Luizão e no esquecido Ronaldinho, que foram os grandes destaques do confronto, e sanou boa parte dos problemas ofensivos do ataque.

Esse time, acrescido do meia Rivaldo _que não foi à Fortaleza por estar contundido_, é o que deverá estar em campo no dia 3 de junho, contra a Turquia, na estréia do Mundial asiático.

Ronaldo, que voltou a vestir a camisa canarinho depois de dois anos e meio, fez a equipe tocar a bola nos 45 minutos que aguentou ficar em campo. Seu substituto na etapa final, Luizão, outro que também andava inativo e acima do peso, foi o autor do único gol do jogo, de cabeça, aos 26min, aproveitando um cruzamento de Cafu.

O futebol pouco vistoso _salvo as jogadas individuais de outro Ronaldo, que deverá seguir até maio, novamente deu resultado hoje. O bom desempenho do jogador do PSG no meio-campo garantiu uma alternativa para Rivaldo na Copa.

Agora, o próximo destino do time de Scolari será Lisboa, no dia 17. Lá, o maior desafio do comandante brasileiro será fazer seu ataque funcionar _dos 33 gols marcados em sua gestão, apenas 13 saíram dos pés de atacantes (37,5%).

Na bagagem, o retrospecto também não ajuda muito: ao todo foram 15 jogos (10 vitórias e 5 derrotas), alguns vexames _como o histórico revés para Honduras, na Copa América-2001_ e 56 jogadores convocados.

Na lista dos esquecidos, fica o veterano Romário, 36, que teve o apoio até do presidente Fernando Henrique Cardoso, mas não faz parte dos planos de Scolari, que trocou seus gols por uma dinâmica de grupo e a certeza de continuar com o "time na mão".

Após nove meses de trabalho, o treinador gaúcho, que assumiu a seleção sob o clamor popular em julho do ano passado e herdou a responsabilidade de resgatar o prestígio do futebol tetracampeão, hoje ignora as vaias de milhões de brasileiros, que perderam a confiança nele e na tradição da seleção.

Durante as eliminatórias sul-americanas, as vaias e os protestos marcaram a conturbada trajetória brasileira, seja sob o comando de Scolari, Leão ou Luxemburgo. Tanto que os protestos serviram como justificativa para que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, evitasse jogos no eixo Rio-São Paulo.

Na próxima terça-feira, Scolari anunciará a lista dos jogadores que atuam em clubes estrangeiros para o amistoso contra Portugal.

BRASIL
Marcos; Lúcio, Ânderson Polga (Denílson) e Roque Júnior; Cafu, Emerson (Kléberson), Gilberto Silva, Ronaldinho Gaúcho (Juninho Paulista) e Roberto Carlos (Júnior); Edílson (Djalminha) e Ronaldo (Luizão)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

IUGOSLÁVIA
Jevric; Mirkovic, Mihajlovic (Dzozic) e Krstajic; Lazetic (Krinocavic), Jokanovic (Dudjaj), Djordjevic, Mijatovic (Koroman) e Dimitrovic (Roscovic); Milosevic (Lazovic) e Kezman (Bilic)
Técnico: Dejan Savicevic

Local: estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Juiz: Epifânio González (Paraguai)
Cartões amarelos: Roque Júnior (B); Mirkovic, Mihajlovic e Jokanovic (I)
Gol: Luizão, aos 27 min do segundo tempo

  • Leia mais: Copa do Mundo-2002
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