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12/04/2002 - 19h00

Morte de corintiano faz polícia temer volta da violência nos estádios

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da Folha de S.Paulo

Wagner Augusto da Silva, a mais recente vítima dos confrontos entre torcedores, foi enterrado hoje pela manhã no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo.

O garoto de 20 anos era integrante da Gaviões da Fiel e, depois do clássico entre Corinthians e Palmeiras, no último domingo, foi agredido quando voltava para casa. Silva foi levado em estado grave para o Hospital São Paulo e, na quinta-feira, morreu.

O jovem foi enterrado hoje no Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, zona norte da cidade de São Paulo.

O acidente preocupa o comando da Polícia Militar, que teme o desencadeamento de confrontos entre palmeirenses e corintianos. "Não esperava que o clássico fosse terminar dessa forma porque as torcidas organizadas de Palmeiras e Corinthians estavam em paz. Não gosto do que estou vendo. Já falaram em vingança", afirmou o major Marinho, do 2º batalhão da PM, responsável pela organização do esquema de segurança em jogos de futebol.

O diretor geral da Gaviões da Fiel, Wildinir Rocha, descarta qualquer tipo de retaliação aos palmeirenses da Mancha Alviverde. "Vamos procurar os meios jurídicos. Esse é um assunto delicado demais. Ninguém falou em vingança", garantiu Rocha.

O presidente da Mancha Alviverde, Paulo Serdan, lamentou a morte do corintiano. E disse que teme novas brigas entre os torcedores. "Sempre há pessoas que agem com insensatez", argumentou. "O outro lado [a Gaviões da Fiel] também precisa ajudar. Ninguém é Deus para decidir quem vai viver", continuou Serdan.

A briga entre os torcedores aconteceu na marginal Pinheiros. Segundo o Major Marinho, a versão apurada pela Polícia Militar é de que havia um ônibus de palmeirenses parado. Outro ônibus com corintianos, ao ver os rivais, também estacionou. "O confronto começou e os corintianos, depois de verem que estavam em menor número, fugiram. O Wagner provavelmente ficou para trás e foi linchado", contou o major.

A versão da PM é a mesma contada por Paulo Serdan, da Mancha Alviverde. Mas os corintianos contestam. "O ônibus do Palmeiras não deveria estar na Marginal. Esse era o nosso caminho. E nós não tínhamos escolta policial", disse Wildinir Rocha.

O major Marinho reconhece a falha quanto à escolta para os corintianos. "Infelizmente, isso aconteceu mesmo. Estou verificando os motivos por que eles não tinham escolta", disse Marinho, que completou: "Mas também temos de ser conscientes. Não é porque os torcedores se encontraram que tem de haver um confronto."
 

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