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17/04/2002
-
09h50
FÁBIO VICTOR
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
enviados da Folha de S.Paulo a Lisboa
Outro fantasma ronda o estádio João Alvalade hoje, em Lisboa, além de Romário e Jardel.
A possibilidade de uma contusão grave, que acabe por causar um corte da Copa, que começa no próximo dia 31 de maio, atormenta jogadores brasileiros e portugueses -no caso dos primeiros, chega a dividir o grupo.
Na seleção de Luiz Felipe Scolari, há os que acham que vale a pena ter cautela redobrada às vésperas da Copa e, em maior número, os que afirmam não mudar sua forma de jogar em função dos riscos. A controvérsia surge em um momento em que craques de várias seleções do Mundial estão "estourando" e perdendo a oportunidade de ir à Ásia.
É o caso do meia David Beckham, estrela da seleção inglesa, que quebrou o pé em recentejogo do seu clube, o Manchester, e, se jogar a Copa, provavelmente só o fará a partir da segunda fase.
Os exemplos pululam: o francês Pires, os italianos Baggio e Albertini e o português Simão também estão fora de pelo menos parte do Mundial Coréia/Japão.
Com os principais campeonatos europeus chegando a suas fases decisivas, os maiores craques do planeta estão mais sujeitos a choques ríspidos, como o que ocorreu no último domingo com o argentino Batistuta, que ficou desacordado num jogo da Roma.
Mas, na seleção de Luiz Felipe Scolari, o assunto chega a causar indignação em alguns jogadores.
"Se for para entrar em campo para tirar o pé, é melhor não entrar", disse o lateral Cafu.
"Quando entro em campo, jogo o meu máximo, não penso em nada disso. Estou representando o meu país", concordou o também lateral Roberto Carlos.
As declarações parecem uma provocação a Rivaldo, que defendeu a preservação de jogadores que, como ele, não reúnem 100% de condições, ainda mais às vésperas da Copa do Mundo.
Ao lado do meia-atacante do Barcelona está o capitão Emerson. "Temos que ter muita atenção e cuidado porque estamos em final de temporada, é um momento delicado. A gente nunca sabe o que vai acontecer amanhã", avaliou o volante.
O técnico Luiz Felipe Scolari _que como zagueiro fez fama pela rispidez nas divididas- está ao lado de seus laterais.
E, questionado sobre que recomendação dará aos seus atletas, não vacilou: "Recomendo a eles que ponham o pé em todas as divididas e que morram pelos times deles. Queremos atitude dos atletas nos clubes para que, só assim, eles venham para a seleção".
Polêmica à parte, o fato é que o fantasma das lesões está presente no jogo de hoje de forma particular, pois Brasil e Portugal estão cheios de jogadores que entrarão em campo sem estar em suas condições físicas ideais.
Não por coincidência, os exemplos mais emblemáticos são as maiores estrelas dos dois times _os sempre caçados Rivaldo e Ronaldo, no lado brasileiro, e Figo, por Portugal.
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"Tirar o pé" gera controvérsia entre brasileiros
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JOSÉ ALBERTO BOMBIG
enviados da Folha de S.Paulo a Lisboa
Outro fantasma ronda o estádio João Alvalade hoje, em Lisboa, além de Romário e Jardel.
A possibilidade de uma contusão grave, que acabe por causar um corte da Copa, que começa no próximo dia 31 de maio, atormenta jogadores brasileiros e portugueses -no caso dos primeiros, chega a dividir o grupo.
Na seleção de Luiz Felipe Scolari, há os que acham que vale a pena ter cautela redobrada às vésperas da Copa e, em maior número, os que afirmam não mudar sua forma de jogar em função dos riscos. A controvérsia surge em um momento em que craques de várias seleções do Mundial estão "estourando" e perdendo a oportunidade de ir à Ásia.
É o caso do meia David Beckham, estrela da seleção inglesa, que quebrou o pé em recentejogo do seu clube, o Manchester, e, se jogar a Copa, provavelmente só o fará a partir da segunda fase.
Os exemplos pululam: o francês Pires, os italianos Baggio e Albertini e o português Simão também estão fora de pelo menos parte do Mundial Coréia/Japão.
Com os principais campeonatos europeus chegando a suas fases decisivas, os maiores craques do planeta estão mais sujeitos a choques ríspidos, como o que ocorreu no último domingo com o argentino Batistuta, que ficou desacordado num jogo da Roma.
Mas, na seleção de Luiz Felipe Scolari, o assunto chega a causar indignação em alguns jogadores.
"Se for para entrar em campo para tirar o pé, é melhor não entrar", disse o lateral Cafu.
"Quando entro em campo, jogo o meu máximo, não penso em nada disso. Estou representando o meu país", concordou o também lateral Roberto Carlos.
As declarações parecem uma provocação a Rivaldo, que defendeu a preservação de jogadores que, como ele, não reúnem 100% de condições, ainda mais às vésperas da Copa do Mundo.
Ao lado do meia-atacante do Barcelona está o capitão Emerson. "Temos que ter muita atenção e cuidado porque estamos em final de temporada, é um momento delicado. A gente nunca sabe o que vai acontecer amanhã", avaliou o volante.
O técnico Luiz Felipe Scolari _que como zagueiro fez fama pela rispidez nas divididas- está ao lado de seus laterais.
E, questionado sobre que recomendação dará aos seus atletas, não vacilou: "Recomendo a eles que ponham o pé em todas as divididas e que morram pelos times deles. Queremos atitude dos atletas nos clubes para que, só assim, eles venham para a seleção".
Polêmica à parte, o fato é que o fantasma das lesões está presente no jogo de hoje de forma particular, pois Brasil e Portugal estão cheios de jogadores que entrarão em campo sem estar em suas condições físicas ideais.
Não por coincidência, os exemplos mais emblemáticos são as maiores estrelas dos dois times _os sempre caçados Rivaldo e Ronaldo, no lado brasileiro, e Figo, por Portugal.
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