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10/04/2008 - 14h40

Diretoria do Palmeiras critica nota de repúdio publicada pelo São Paulo

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da Folha Online

O vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, criticou nesta quinta-feira a atitude do São Paulo de publicar uma nota oficial contra a marcação do segundo jogo entre os dois times pelas semifinais do Campeonato Paulista no Parque Antarctica.

"Acho muito estranho. O Palmeiras apenas fez valer seu direito", disse o dirigente em entrevista à TV Bandeirantes.

"A própria Polícia Militar entende que há segurança. Nós [do Palmeiras] entendemos que há segurança", continuou.

Ontem, a decisão da FPF (Federação Paulista de Futebol), que segundo o regulamento tem o mando de campo das semifinais e finais do Estadual, colocou fim ao impasse que havia se iniciado já no domingo, depois de definido o confronto entre os arqui-rivais.

Inicialmente, a FPF e o São Paulo queriam dois jogos no Morumbi --a federação chegou a alegar que o estádio palmeirense não tinha condições, baseada em suposto parecer da PM e do Ministério Público--, mas na quarta a PM se pronunciou e afirmou que daria garantias para a partida no Parque Antarctica.

"Jogamos com o São Paulo pelo Brasileiro no Parque Antarctica e inclusive o São Paulo ganhou. O São Paulo exagerou na violência, inclusive o Valdivia teve que ser substituído por isso. Além disso, o Palmeiras teve um gol legítimo anulado. E o goleiro do São Paulo [Bosco] ainda simulou ter sido atingido. Mesmo assim a partida transcorreu normalmente sem nenhum problema", disse Cipullo.

Confira abaixo a íntegra da nota publicada pelo São Paulo

É com espanto, mas sobretudo com preocupação, que o São Paulo Futebol Clube recebe a decisão da Federação Paulista de Futebol pela realização da segunda partida das semifinais no estádio Palestra Itália. Tal escolha agride o bom senso e vem contrariar de maneira frontal todos os pareceres emitidos pelo Ministério Público, que vetou a arena por considerá-la inapta para a ocasião.

Mais do que isso, optou-se na última hora por colocar em risco a segurança dos torcedores e de parte da população da cidade que vive ou transita naquela região.

Pergunta-se: a quem interessa realizar uma partida de tal magnitude cercada de tantas temeridades? Anteontem, o próprio presidente da Federação, Marco Polo Del Nero, descreveu o Palestra Itália como um "barril de pólvora".

A própria Sociedade Esportiva Palmeiras optara para que o jogo fosse transferido para uma cidade do interior do Estado de São Paulo, por ter consciência do risco de se jogar uma decisão no Palestra Itália, principalmente pela dificuldade de separar as duas torcidas no entorno do estádio o que colocará em risco até mesmo a integridade física dos militares que lá estarão para garantia da ordem, bastando relembrar os tristes acontecimentos de um jogo Santos e Palmeiras realizado em 4 de fevereiro de 2.007, o que motivou o Cel PM Comandante Izaul Segalla Júnior a solicitar a interdição do Palestra Itália pela impossibilidade de se manter a ordem naquele local em grandes espetáculos.

Pergunta-se novamente: o que foi feito nas últimas 48 horas para que a Federação marcasse o segundo jogo para o Palestra Itália, opção que fora abandonada desde o primeiro instante? O que mudou?

A direção do São Paulo quer, assim, deixar registrada formalmente sua não-concordância com essa decisão, feita de afogadilho e movida por interesses cuja compreensão nos escapa.
Uma coisa é certa: os interesses contemplados não são os da coletividade paulistana. Acataremos, com pesar e sob protestos, esta decisão da Federação Paulista, que, no entanto, ainda tem poder e tempo hábil para modificá-la.

De acordo com o artigo 73 do "Regulamento Geral das Competições" da CBF o São Paulo já disponibilizou 10% da capacidade de seu Estádio para a torcida palmeirense e exigirá a mesma proporcionalidade de ingressos para a sua torcida.

 

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