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Copa Davis vê maior rotatividade de sedes no Brasil
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FERNANDO ITOKAZU
da Folha de S.Paulo
Bastante cobiçada durante os melhores anos da carreira de Gustavo Kuerten, a escolha da sede da Copa Davis no Brasil nunca foi tão pulverizada como nos últimos anos.
Com a disputa contra a Colômbia em Sorocaba, que termina neste domingo, são sete sedes distintas nos últimos sete confrontos em casa. Isso nunca havia acontecido desde o advento da atual fórmula de disputa da competição, em 1981.
Nas nove vezes em que o Brasil jogou em casa após o primeiro título de Guga em Roland Garros, em junho de 1997, até o início do boicote do principais jogadores do país, apenas três cidades tiveram a oportunidade ver o maior tenista brasileiro da história em ação pela Davis.
O Rio abrigou a competição entre países em quatro oportunidades, mesma quantidade da cidade natal de Kuerten, Florianópolis. Porto Alegre fechou a lista. Durante todo este período, o Brasil não deixou o Grupo Mundial da Davis.
Desde o boicote, e nunca mais na elite da competição entre países, o Rio não voltou a abrigar a competição.
O prefeito Cesar Maia demonstrou interesse em receber o confronto com os colombianos, mas perdeu a disputa com Sorocaba. Florianópolis abrigou uma edição, em 2007, contra o Canadá.
Nos últimos anos, a competição aconteceu em cidades que nunca haviam a abrigado, caso de Sorocaba, Belo Horizonte, Joinville e Costa do Sauípe. Brasília, em 2004, voltou a sediar a Davis após 13 anos.
O local dos confrontos já causou muitos mal-entendidos. O mais recente problema foi a disputa jurídica entre Belo Horizonte e a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) pela prestação de contas do confronto contra a Suécia, pela repescagem do Grupo Mundial, em setembro de 2006. Até hoje, o governo de Minas e a CBT discutem valores e despesas nos tribunais.
O mesmo duelo também foi o estopim para crise na área técnica. O capitão na época, Fernando Meligeni, aceitou jogar em Belo Horizonte após ser convencido de que a escolha ajudaria as finanças da CBT.
Do ponto de vista técnico, segundo o então capitão da equipe, a melhor escolha seria uma cidade litorânea. Após a derrota para os suecos, Meligeni deixou o posto dizendo que a CBT não dava à Davis a importância que a competição merecia.
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