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09/05/2002 - 08h00

Senador cassado diz que Brasiliense foi "roubado" no Morumbi

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ALEC DUARTE
da Folha Online

Brasília é, para muita gente no país inteiro, sinônimo de roubo. Culpa da política e seus incessantes escândalos. No futebol, a partir de agora os brasilienses é que se sentem roubados. O árbitro Carlos Eugênio Simon saiu como o grande vilão da vitória do Corinthians sobre o time do Distrito Federal por 2 a 1, ontem à noite, no Morumbi.

"Não tenho malícia para julgar essas coisas que acontecem no futebol", revelou o ex-senador Luiz Estevão, dono do surpreendente Brasiliense. Cassado por suposto envolvimento no desvio de verba para as obras da nova sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em São Paulo, Estevão foi categórico ao afirmar que sua equipe foi "roubada" por Simon.

"Foi uma arbitragem vergonhosa e deplorável. Um juiz como esse não pode ser escolhido para apitar uma Copa do Mundo e vir aqui arranjar o resultado. Hoje vocês viram como um trabalho sério no futebol é roubado por má fé", declarou o político, acusado de participar do esquema do juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau.

"Não devemos favor a nenhum juiz", disse Estevão, dessa vez se referindo ao futebol.

A bronca do time do centro-oeste diz respeito a dois lances que decidiram o jogo. Primeiro, uma possível falta de Gil no zagueiro Tiago no lance que teve como conseqüência o segundo gol corintiano, aos 35min da etapa final. Depois _ e principalmente _ um suposto pênalti no meia Carioca três minutos depois.

"Se houve toque, foi involuntário", disse o árbitro gaúcho, representante brasileiro no mundial de 2002, sobre os dois lances.

Mas o Brasiliense não aceita a justificativa. "Involuntário só contra nós?", indagou o supervisor do clube, Ernesto Guedes. O técnico, Péricles Chamusca, quase agrediu o árbitro ao final da partida. Foi contido por um grupo de repórteres, e depois agradeceu.

"Foi ótimo eu não ter chegado perto dele [Simon], poderia trazer algum problema. É que no momento do jogo a gente ainda está com o sangue quente e tem uma reação agressiva. Mas o juiz foi infeliz nos dois lances."

Alguns jogadores do time da capital do Brasil tentaram aliviar nas críticas ao árbitro, mas não conseguiram esconder a revolta.

"Vamos contra tudo e contra todos. O Simon é honesto, mas errou e nos prejudicou", disse Gil Baiano, meia do Brasiliense. "Saímos com o resultado resultado negativo por culpa da arbitragem", concorda Maurício, autor do único gol de seu time. "Hoje eu senti na pele. É por isso que tantos técnicos têm problemas com o Simon", afirma o zagueiro Aldo.

Reclamações à parte, o azarão das finais da Copa do Brasil tem certeza de que nada está perdido. Os jogadores conhecem cada palmo do estádio Serejão _ cenário, em Taguatinga, do confronto final contra o Corinthians, na próxima quarta-feira. E acreditam que o fator casa será preponderante.

"Só precisamos ganhar de 1 a 0. Vamos aproveitar o fato de jogar em nossa casa para fazer isso prevalecer", diagnostica o goleiro Donizeti, que pouco trabalhou no jogo do Morumbi. Conseqüência da notável marcação do Brasiliense, correta e incansável em todos os setores do campo.

"Minha equipe ganhou moral. Tivemos chances para sair com o empate e o resultado deixa aberta a possibilidade de ser campeão com uma vitória simples", disse Chamusca.

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