Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/05/2002 - 19h52

Juiz do jogo Corinthians e Brasiliense vai processar Luiz Estevão

Publicidade

da Folha de S.Paulo

O senador cassado Luiz Estevão, presidente do Brasiliense, será processado por Carlos Eugênio Simon por calúnia, injúria e difamação. O juiz ainda vai pedir indenização por perdas e danos.

Simon, que foi afastado ontem pela Comissão de Arbitragem da CBF pelos erros que cometeu na primeira partida da final da Copa do Brasil, afirmou que pretende acionar o dirigente em entrevista à ESPN Brasil.

O processo será baseado nas declarações de Luiz Estevão, que acusou Simon de ´bandido", "desonesto" e ainda afirmou que sua equipe teria sido ´roubada" no Morumbi na última quarta-feira, quando o Corinthians derrotou o Brasiliense por 2 a 1.

Estevão reagiu com mais insultos ao saber da iniciativa do juiz.

"Às observações que já fiz sobre ele [Simon], tenho que acrescentar mais três. Em primeiro lugar, quero dizer que ele é um cínico. Como ele tem coragem dar uma entrevista e falar que não errou? Em segundo lugar, ele é um cara-de-pau de, apesar de ter sido afastado pela CBF, ainda se sentir qualificado para representar a arbitragem brasileira na Copa. E a terceira coisa que quero falar é que ele é um cretino porque vai expor o futebol brasileiro a um imenso constrangimento com a sua presença no Mundial", disse o ex-senador à Folha de S.Paulo.

Simon, único brasileiro indicado pela Fifa para apitar jogos da Copa do Mundo, reiterou que não errou ao não marcar falta de Gil no lance que originou o segundo gol corintiano e ao não assinalar pênalti contra o Corinthians no final do jogo, quando Anderson caiu com os braços apoiados nas costas de Carioca, do Brasiliense.

"O que estão fazendo comigo é um absurdo. Quem assistir com atenção aos lances vai concordar. Gil e o seu marcador estavam olhando para o bola e houve um toque involuntário. No outro lance, o jogador do Brasiliense se adiantou, perdeu o domínio da bola e se jogou. O atleta do Corinthians, ao mesmo tempo, também se desequilibrou e caiu com os braços para frente. Isso é a lei da física", disse o árbitro gaúcho.

Segundo Simon, a regra do jogo é "interpretativa" e o juiz apita um jogo real, não o "virtual" dos teipes, como os jornalistas e comentaristas de TV e rádio.

"Não tem nada de escandaloso na minha arbitragem. Não tem porque dar toda essa dimensão para o jogo, que não teve nada de mais", afirmou o juiz, que insinuou estar sofrendo perseguição.

O árbitro também minimizou o efeito do afastamento imposto a ele pela comissão da CBF. Segundo ele, sua presença na Copa está certa e, na verdade, será apenas "poupado" de um jogo neste final de semana. Depois viajará para o Japão.

  • Leia mais: Copa do Mundo-2002
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página