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11/05/2002
-
08h23
MARÍLIA RUIZ
da Folha de S.Paulo
Os atletas do Corinthians jogam amanhã pelo título do Torneio Rio-São Paulo, e os dirigentes torcem pelo pagamento dos prêmios prometidos pela Liga Rio-São Paulo para quitar dívidas.
Mas o dinheiro corre risco de não chegar. O presidente da Liga Rio-SP, Eduardo José Farah, já acenou com a possibilidade de não repassar o valor da premiação porque o clube deve R$ 4 milhões _quantia que foi emprestada, em parcelas, durante todo o torneio interestadual_ à Federação Paulista de Futebol, que também é presidida pelo dirigente.
Segundo o regulamento do Rio-São Paulo, o campeão e o vice do campeonato deverão receber, respectivamente, R$ 4 milhões e R$ 1 milhão pelas conquistas.
Esse dinheiro, além do prêmio pelo título da Copa do Brasil (cerca de R$ 500 mil só pelo último mata-mata), era dado como certo pela diretoria corintiana, que deve direito de imagem e "bichos" aos seus jogadores.
Mas isso até ontem, quando Farah alertou a diretoria corintiana sobre a possibilidade de "cobrar antecipadamente" o seu crédito.
No Corinthians, a atitude foi tomada como "retaliação". Os dirigentes do Parque São Jorge concluíram que a "pressa" de Farah para receber o dinheiro emprestado não seria a mesma se o clube tivesse rompido com o Clube dos 13, presidido por Fábio Koff.
Adversário do dirigente gaúcho e aliado de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Farah tentou articular a saída do clube do Parque São Jorge do C13.
À Folha, o vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, não quis comentar o assunto e limitou-se a dizer que não acredita que o presidente da FPF e da Liga Rio-SP de pagar o prêmio previsto no regulamento do Torneio Rio-São Paulo.
"Liga e FPF não têm nada a ver. Tenho certeza de que não haverá nenhum problema com o pagamento dos prêmios. Vão pagar", desconversou o vice corintiano.
Além da diretoria, os jogadores também já estavam esperando pelo repasse dos prêmios.
O próprio Alberto Dualib, presidente do Corinthians, prometeu a eles que as premiações recebidas pelas campanhas na Copa do Brasil e no Rio-São Paulo seriam integralmente repassadas para quitar algumas dívidas.
A promessa foi feita antes das semifinais do regional, contra o São Caetano. Foi a forma que Dualib arrumou para amenizar o clima de insatisfação dos jogadores em relação ao clube.
Na época, Ricardinho e Gil confirmaram que havia atraso no pagamento dos direitos de imagem e dos bichos, mas não quiseram quantificar o valor das dívidas.
"Atrasar alguns dias é normal. Não temos que falar sobre isso", declarou, na época, Gil.
Ontem, no penúltimo treino antes da final do Rio-SP, o técnico Carlos Alberto Parreira minimizou os problemas que o time enfrenta fora de campo.
"Quero dar os parabéns para os meus atletas, que resistiram à perda de importantes jogadores e a outros problemas e estão perto do título", disse o treinador corintiano, que completou: "Dependemos de dois empates para nos consagrarmos nesta temporada. O resto pouco interessa agora".
Saiba tudo sobre o Rio-São Paulo
Dívida com a FPF pode fazer Corinthians ficar sem o prêmio do Rio-SP
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da Folha de S.Paulo
Os atletas do Corinthians jogam amanhã pelo título do Torneio Rio-São Paulo, e os dirigentes torcem pelo pagamento dos prêmios prometidos pela Liga Rio-São Paulo para quitar dívidas.
Mas o dinheiro corre risco de não chegar. O presidente da Liga Rio-SP, Eduardo José Farah, já acenou com a possibilidade de não repassar o valor da premiação porque o clube deve R$ 4 milhões _quantia que foi emprestada, em parcelas, durante todo o torneio interestadual_ à Federação Paulista de Futebol, que também é presidida pelo dirigente.
Segundo o regulamento do Rio-São Paulo, o campeão e o vice do campeonato deverão receber, respectivamente, R$ 4 milhões e R$ 1 milhão pelas conquistas.
Esse dinheiro, além do prêmio pelo título da Copa do Brasil (cerca de R$ 500 mil só pelo último mata-mata), era dado como certo pela diretoria corintiana, que deve direito de imagem e "bichos" aos seus jogadores.
Mas isso até ontem, quando Farah alertou a diretoria corintiana sobre a possibilidade de "cobrar antecipadamente" o seu crédito.
No Corinthians, a atitude foi tomada como "retaliação". Os dirigentes do Parque São Jorge concluíram que a "pressa" de Farah para receber o dinheiro emprestado não seria a mesma se o clube tivesse rompido com o Clube dos 13, presidido por Fábio Koff.
Adversário do dirigente gaúcho e aliado de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Farah tentou articular a saída do clube do Parque São Jorge do C13.
À Folha, o vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, não quis comentar o assunto e limitou-se a dizer que não acredita que o presidente da FPF e da Liga Rio-SP de pagar o prêmio previsto no regulamento do Torneio Rio-São Paulo.
"Liga e FPF não têm nada a ver. Tenho certeza de que não haverá nenhum problema com o pagamento dos prêmios. Vão pagar", desconversou o vice corintiano.
Além da diretoria, os jogadores também já estavam esperando pelo repasse dos prêmios.
O próprio Alberto Dualib, presidente do Corinthians, prometeu a eles que as premiações recebidas pelas campanhas na Copa do Brasil e no Rio-São Paulo seriam integralmente repassadas para quitar algumas dívidas.
A promessa foi feita antes das semifinais do regional, contra o São Caetano. Foi a forma que Dualib arrumou para amenizar o clima de insatisfação dos jogadores em relação ao clube.
Na época, Ricardinho e Gil confirmaram que havia atraso no pagamento dos direitos de imagem e dos bichos, mas não quiseram quantificar o valor das dívidas.
"Atrasar alguns dias é normal. Não temos que falar sobre isso", declarou, na época, Gil.
Ontem, no penúltimo treino antes da final do Rio-SP, o técnico Carlos Alberto Parreira minimizou os problemas que o time enfrenta fora de campo.
"Quero dar os parabéns para os meus atletas, que resistiram à perda de importantes jogadores e a outros problemas e estão perto do título", disse o treinador corintiano, que completou: "Dependemos de dois empates para nos consagrarmos nesta temporada. O resto pouco interessa agora".
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