13/05/2002 - 07h42

Sem conquistar títulos, São Paulo inicia reformulação

GUIO BASTOS
da Folha Online

A contratação do técnico Oswaldo Oliveira e de uma nova comissão técnica será o início de um amplo processo de reformulação iniciada pela nova diretoria do clube, presidida por Marcelo Portugal Gouvêa.

O diretor de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva anunciou que o zagueiro Emerson, que estava emprestado pela Portuguesa até 30 de junho, pediu para ser desligado do clube.

"O Emerson conversou comigo e me disse que está acertando sua transferência para o Saint-Ettienne [que disputa o Campeonato Francês]. Disse para ele definir o seu futuro da maneira que achar melhor", avisou o dirigente.

Depois de ter falhado em dois lances na primeira partida da final do Torneio Rio-SP, quando o São Paulo perdeu por 3 a 2 para o Corinthians, Emerson ficou sem ambiente no clube. Sua saída já era dada como certa.

Além dele, também está certo que o atacante França, negociado com o Bayer Leverkusen, deixará o clube depois do Supercampeonato Paulista. Mas a reformulação não vai parar por aí.

"Precisamos de reforços, principalmente na defesa. Mas primeiro vamos conversar com o novo treinador para definir os nomes", avisou Barros e Silva.

Ele negou que o lateral-esquerdo Gustavo Nery e o volante Maldonado tenham proposta do futebol europeu. O primeiro interessaria ao Fenerbahce (da Turquia) e Maldonado poderia se transferir para a Udinese, da Itália.

Dois nomes, no entanto, são prioridades para o dirigente, Reinaldo e Luís Fabiano. O primeiro está emprestado até junho pelo Paris Saint-Germain e Luís Fabiano defende o Rennes, também da França.

"Em relação ao Reinaldo, já conversei com o procurador dele, o Gilmar Rinaldi, que está tentando convencer o Paris Saint-Germain a deixá-lo com a gente por mais um ano. Falei com o Oswaldo [de Oliveira] e ele aprovou o nome do Luís Fabiano", completou o dirigente.

Os nomes do paraguaio Arce, que estaria se desligando do Palmeiras, e do colombiano Freddy Rincón, atualmente sem clube, circulam com força nos bastidores do Morumbi. Os dirigentes são-paulinos, no entanto, não falam no assunto.

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