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06/06/2002 - 12h21

No sacrifício, Recoba comanda Uruguai e é o melhor da rodada

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da Folha Online

O joelho direito, machucado na preparação para a Copa do Mundo, ainda incomodava. Mesmo assim, o uruguaio Alvaro Recoba entrou na partida contra a França, nesta quinta-feira, no sacrifício.

Mas o que se viu em campo no estádio de Busan, na Coréia, não foi um jogador fora de forma. Recoba encarnou a conhecida garra sul-americana, ignorou a dor e o cansaço e comandou a "Celeste Olímpica" no empate contra a França em 0 a 0, mantendo vivas as chances uruguaias no Grupo A da Copa.



Apesar do bom desempenho, o meia deixou o campo decepcionado. "Estou feliz por que criamos oportunidades, mas triste porque não aproveitamos essas chances. Nós poderíamos ter jogado melhor. Eu poderia ter jogado melhor", disse o jogador.

Mesmo assim, o jogo do Uruguai agradou ao jogador, que já começa até a sonhar com o futuro na Copa. "O que temos a fazer é sempre entrar com a mesma confiança que tivémos hoje. Não nos conformamos com o empate, buscamos sempre a vitória. É claro que eles também tiveram chances, mas nós jogamos contra a França."

A partida desta manhã mostrou a importância do habilidoso meia-atacante da Inter de Milão para o Uruguai. Fora de Mundiais desde a Copa de 1990, na Itália, os uruguaios depositam nele toda a responsabilidade pelo sucesso nesse retorno.

E, até agora, ele não decepcionou. No primeiro jogo, contra os Dinamarqueses, apesar da derrota, Recoba mostrou um futebol de alto nível, arriscando sempre chutes de longa distância.

Foi dele também o passe para o único gol da equipe até aqui na Coréia, com um lançamento preciso para Dario Rodrigues, que concluiu sem deixar a bola tocar o chão.

Contra a França, a história foi a mesma. Ele armou todas jogadas ofensivas do Uruguai, com lançamentos e passes sempre precisos, e também protagonizou o lance mais bonito da partida, ao receber um lançamento de Rodríguez, driblar Barthez, mas concluir para fora. "Errei um chute que não poderia ter errado. Poderíamos ter saído com a vitória", lamentou.

Lances como esse fazem com que os uruguaios se lembrem de outro meia, que fez sucesso com a camisa azul nos anos 80. Enzo Francescolli, o último grande jogador do Uruguai, era um meia clássico, que se tornou ídolo no River Plate, da vizinha Argentina.

Recoba, entretanto, evita as comparações. "Ele jogou há alguns anos, eu jogo hoje. Talvez, algum dia, chegue ao patamar que ele alcançou como um dos melhores jogadores do mundo em sua posição", disse o jovem jogador.

Na Inter de Milão desde 1997, quando ainda jogava no Uruguai o meia quebrou recordes. Em quatro temporadas, disputou 57 partidas e marcou 51 gols. Na Itália, continuou com as boas atuações e hoje tem status de craque na Europa. É um dos mais bem pagos jogadores do mundo, com salário anual de mais de R$21 milhões.

No ano passado, porém, ele passou pelo momento mais difícil de sua carreira. Durante a crise dos passaportes falsificados que se abateu sobre o futebol italiano, ele foi um dos flagrados com irregularidades, e foi severamente punido, sendo suspenso por um ano. Posteriormente, a Inter ainda conseguiu diminuir a pena para quatro meses.

com agências internacionais

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