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21/06/2002
-
05h22
da Folha Online
A precisão tática do meio-campo brasileiro desnorteou a Inglaterra. O talento e a estrela de Rivaldo e Ronaldinho decidiram o principal confronto do Brasil na Copa do Mundo e deixaram seleção a dois jogos do pentacampeonato.
Em uma partida dramática do começo ao fim, os astros brasileiros ofuscaram os astros ingleses, conseguiram uma virada histórica, por 2 a 1, na cidade japonesa de Shizuoka, e colocaram a seleção entre as quatro melhores do Mundial.
Mais do que isso, o Brasil agora desponta como franco favorito ao título, com o melhor ataque _15 gols_ e dois jogadores _Rivaldo e Ronaldo_ entre os principais artilheiros do torneio, ao lado do alemão Klose, todos com cinco gols.
A Inglaterra fez parte do caminho brasileiro na campanha dos três primeiros títulos. Em 1962 e 70, a seleção canarinho venceu os europeus e, em 58, os dois empataram.
O adversário nas semifinais sairá do confronto entre Senegal e Turquia, que jogam neste sábado, às 8h30 (horário de Brasília), em Osaka, no Japão.
O jogo
O jogo mais difícil do time de Scolari na competição foi marcado por um duelo estratégico no meio-campo. Luiz Felipe Scolari optou pela escalação de Kleberson no lugar de Juninho para reforçar a marcação nos craques do Manchester United, David Beckham e Paul Scholes. E conseguiu.
A aplicação tática de Gilberto Silva e Kleberson anulou a dupla de armadores do "English Team", que limitou suas ações ofensivas às jogadas isoladas de Michael Owen e Emile Heskey pelas pontas, em cima de Lúcio e Roque Júnior.
Mesmo assim a Inglaterra conseguiu sair na frente com um gol de seu menino prodígio, Owen, aos 23min do primeiro tempo. Em um momento em que o Brasil mandava no jogo, o zagueiro Lúcio cometeu uma falha medíocre ao tentar dominar uma bola na coxa, na entrada da área, e deixou Owen cara a cara com Marcos para marcar de pé direito.
O gol desconcentrou a seleção nos 20 minutos seguintes. Mas depois de uma sucessão de passes errados, a genialidade dos craques nacionais reverteram o resultado.
A virada brasileira começou a ser costurada aos 47min. Em um contra-ataque rápido, Ronaldinho arrancou em velocidade pelo meio, driblou Ashey Cole e tocou para Rivaldo, livre na área, dar um belo toque de pé esquerdo, no contra-pé do veterano goleiro David Seaman.
A igualdade no placar tranquilizou a equipe, que voltou melhor no segundo tempo. Logo aos 5min, Ronaldinho marcou o segundo, cobrando falta no ângulo direito de Seaman, que esperava um cruzamento na área.
Sete minutos depois, o herói do jogo Ronaldinho cometeu uma falta infantil ao entrar de sola no lateral-direito Mills e foi expulso.
A partir daí, foram quase 35 minutos de sufoco. O técnico da Inglaterra, o sueco Sven-Goran Eriksson fez o que pôde.
Logo após o gol da virada, colocou Dyer no lugar de Sinclair, visando liberar Scholes para o apoio. Em seguida, trocou o lateral-esquerdo Ashey Cole pelo atacante Teddy Sheringham e, por fim, sacou Owen para a entrada de Vassell.
Mas, mesmo com um jogador a menos, a seleção conseguiu manter a disciplina tática e, comandada por Rivaldo, soube administrar o resultado, tocar a bola com paciência e esperar o tempo passar.
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A precisão tática do meio-campo brasileiro desnorteou a Inglaterra. O talento e a estrela de Rivaldo e Ronaldinho decidiram o principal confronto do Brasil na Copa do Mundo e deixaram seleção a dois jogos do pentacampeonato.
Em uma partida dramática do começo ao fim, os astros brasileiros ofuscaram os astros ingleses, conseguiram uma virada histórica, por 2 a 1, na cidade japonesa de Shizuoka, e colocaram a seleção entre as quatro melhores do Mundial.
Mais do que isso, o Brasil agora desponta como franco favorito ao título, com o melhor ataque _15 gols_ e dois jogadores _Rivaldo e Ronaldo_ entre os principais artilheiros do torneio, ao lado do alemão Klose, todos com cinco gols.
A Inglaterra fez parte do caminho brasileiro na campanha dos três primeiros títulos. Em 1962 e 70, a seleção canarinho venceu os europeus e, em 58, os dois empataram.
O adversário nas semifinais sairá do confronto entre Senegal e Turquia, que jogam neste sábado, às 8h30 (horário de Brasília), em Osaka, no Japão.
Reuters Ronaldinho e Rivaldo comemoram gol brasileiro |
O jogo
O jogo mais difícil do time de Scolari na competição foi marcado por um duelo estratégico no meio-campo. Luiz Felipe Scolari optou pela escalação de Kleberson no lugar de Juninho para reforçar a marcação nos craques do Manchester United, David Beckham e Paul Scholes. E conseguiu.
A aplicação tática de Gilberto Silva e Kleberson anulou a dupla de armadores do "English Team", que limitou suas ações ofensivas às jogadas isoladas de Michael Owen e Emile Heskey pelas pontas, em cima de Lúcio e Roque Júnior.
Mesmo assim a Inglaterra conseguiu sair na frente com um gol de seu menino prodígio, Owen, aos 23min do primeiro tempo. Em um momento em que o Brasil mandava no jogo, o zagueiro Lúcio cometeu uma falha medíocre ao tentar dominar uma bola na coxa, na entrada da área, e deixou Owen cara a cara com Marcos para marcar de pé direito.
O gol desconcentrou a seleção nos 20 minutos seguintes. Mas depois de uma sucessão de passes errados, a genialidade dos craques nacionais reverteram o resultado.
A virada brasileira começou a ser costurada aos 47min. Em um contra-ataque rápido, Ronaldinho arrancou em velocidade pelo meio, driblou Ashey Cole e tocou para Rivaldo, livre na área, dar um belo toque de pé esquerdo, no contra-pé do veterano goleiro David Seaman.
A igualdade no placar tranquilizou a equipe, que voltou melhor no segundo tempo. Logo aos 5min, Ronaldinho marcou o segundo, cobrando falta no ângulo direito de Seaman, que esperava um cruzamento na área.
Sete minutos depois, o herói do jogo Ronaldinho cometeu uma falta infantil ao entrar de sola no lateral-direito Mills e foi expulso.
A partir daí, foram quase 35 minutos de sufoco. O técnico da Inglaterra, o sueco Sven-Goran Eriksson fez o que pôde.
Logo após o gol da virada, colocou Dyer no lugar de Sinclair, visando liberar Scholes para o apoio. Em seguida, trocou o lateral-esquerdo Ashey Cole pelo atacante Teddy Sheringham e, por fim, sacou Owen para a entrada de Vassell.
Mas, mesmo com um jogador a menos, a seleção conseguiu manter a disciplina tática e, comandada por Rivaldo, soube administrar o resultado, tocar a bola com paciência e esperar o tempo passar.
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