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30/06/2002
-
10h00
da Folha Online
As lágrimas de Luis Figo, o melhor jogador do mundo em 2001 segundo a Fifa, após a desclassificação de Portugal, ilustraram o que a Copa-2002 causou a algumas das estrelas do futebol mundial.
As muitas surpresas que a primeira fase reservou para a competição, como as eliminações das favoritas Argentina e França, deixaram alguns dos melhores atletas do planeta aos prantos nos gramados.
Craques como Zidane, Figo ou Hernán Crespo, os três jogadores mais caros do planeta, serviriam para dar charme e prestígio à competição, mas isso não bastou para evitarem a eliminação precoce.
O maior exemplo desse estranho fenômeno foi a França, então campeã mundial. Zidane chegou aos gramados da Coréia como a maior esperança do bicampeonato dos "Bleus" (azuis), mas contundiu-se antes da estréia francesa e participou apenas de 90 minutos da Copa.
Já Luis Figo fracassou junto com Portugal, favorito no grupo de pouca expressão (EUA, Coréia e Polônia), com duas derrotas e uma vitória.
Também na Argentina os craques tiveram pouco o que comemorar. Verón, considerado o cérebro do time de Marcelo Bielsa, jogou mal e chegou a ficar no banco de reservas na última partida no Mundial, contra a Suécia. Crespo, avaliado em US$ 53 milhões, não foi nem mesmo titular.
Em outra seleção sul-americana, o craque brilhou, mas não conseguiu levar sua equipe à segunda fase. O uruguaio Alvaro Recoba comandou a "Celeste Olímpica", fez bons dribles e lançamentos que terminaram em gol, marcou o seu, mas caiu junto com Zidane no Grupo A.
Okocha, a estrela da Nigéria, viveu situação semelhante. A equipe chegou com um elenco inexperiente, jogou mal e seu resultado mais significativo foi um empate. O meia, no entanto, manteve seu brilho, com muitos dribles e passes preciosos.
Outro astro africano, no entanto, decepcionou. O atacante Mboma, de Camarões, afundou junto com sua equipe. Marcou apenas um gol, na estréia, e depois não encontrou mais as redes.
O armador Francesco Totti, grande esperança da Itália, também foi embora de forma melancólica: na morte súbita, contra a Coréia, levou o cartão vermelho do árbitro mexicano Byron Moreno por simular pênalti. Com um jogador a menos, a "Azzurra" não resistiu à pressão sul-coreana na morte súbita das quartas-de-final.
Adeus definitivo
Coréia e Japão viram também pela última vez alguns astros na Copa.
Batistuta, 33, chegou à Ásia com a excelente média de um gol por jogo em Mundiais. No japão, no entanto, balançou apenas uma vez as redes, contra a Nigéria.
A maior decepção foi Suker, 34.
Artilheiro da Copa de 98, estava fora de forma em 2002 e acabou assistindo do banco de reservas à eliminação da Croácia, após derrota para o Equador.
Além da dupla de artilheiros, a lista de grandes jogadores que foram eliminados na primeira fase de sua última Copa do Mundo é extensa.
Somente na França, serão quatro jogadores que terão mais de 35 anos no próximo Mundial e dificilmente estarão na Alemanha. Djorkaef terá 38 anos, Lebouf e Lizarrazu, 36, e Desailly, 37.
Aguinaga, 34, levou Equador à primeira Copa. Mesmo machucado, mostrou um bom futebol no pouco tempo que esteve em campo, sendo um dos responsáveis da primeira vitória do país num Mundial.
Alguns nem mesmo chegaram a jogar. Mostovoi, 33, a grande esperança russa, contundiu-se antes da Copa e sequer pode ter uma despedida digna.
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Craques como Zidane, Figo ou Hernán Crespo, os três jogadores mais caros do planeta, serviriam para dar charme e prestígio à competição, mas isso não bastou para evitarem a eliminação precoce.
O maior exemplo desse estranho fenômeno foi a França, então campeã mundial. Zidane chegou aos gramados da Coréia como a maior esperança do bicampeonato dos "Bleus" (azuis), mas contundiu-se antes da estréia francesa e participou apenas de 90 minutos da Copa.
Já Luis Figo fracassou junto com Portugal, favorito no grupo de pouca expressão (EUA, Coréia e Polônia), com duas derrotas e uma vitória.
Também na Argentina os craques tiveram pouco o que comemorar. Verón, considerado o cérebro do time de Marcelo Bielsa, jogou mal e chegou a ficar no banco de reservas na última partida no Mundial, contra a Suécia. Crespo, avaliado em US$ 53 milhões, não foi nem mesmo titular.
Em outra seleção sul-americana, o craque brilhou, mas não conseguiu levar sua equipe à segunda fase. O uruguaio Alvaro Recoba comandou a "Celeste Olímpica", fez bons dribles e lançamentos que terminaram em gol, marcou o seu, mas caiu junto com Zidane no Grupo A.
Okocha, a estrela da Nigéria, viveu situação semelhante. A equipe chegou com um elenco inexperiente, jogou mal e seu resultado mais significativo foi um empate. O meia, no entanto, manteve seu brilho, com muitos dribles e passes preciosos.
Outro astro africano, no entanto, decepcionou. O atacante Mboma, de Camarões, afundou junto com sua equipe. Marcou apenas um gol, na estréia, e depois não encontrou mais as redes.
O armador Francesco Totti, grande esperança da Itália, também foi embora de forma melancólica: na morte súbita, contra a Coréia, levou o cartão vermelho do árbitro mexicano Byron Moreno por simular pênalti. Com um jogador a menos, a "Azzurra" não resistiu à pressão sul-coreana na morte súbita das quartas-de-final.
Adeus definitivo
Coréia e Japão viram também pela última vez alguns astros na Copa.
Batistuta, 33, chegou à Ásia com a excelente média de um gol por jogo em Mundiais. No japão, no entanto, balançou apenas uma vez as redes, contra a Nigéria.
A maior decepção foi Suker, 34.
Artilheiro da Copa de 98, estava fora de forma em 2002 e acabou assistindo do banco de reservas à eliminação da Croácia, após derrota para o Equador.
Além da dupla de artilheiros, a lista de grandes jogadores que foram eliminados na primeira fase de sua última Copa do Mundo é extensa.
Somente na França, serão quatro jogadores que terão mais de 35 anos no próximo Mundial e dificilmente estarão na Alemanha. Djorkaef terá 38 anos, Lebouf e Lizarrazu, 36, e Desailly, 37.
Aguinaga, 34, levou Equador à primeira Copa. Mesmo machucado, mostrou um bom futebol no pouco tempo que esteve em campo, sendo um dos responsáveis da primeira vitória do país num Mundial.
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